Segurança

Posse de Jair Bolsonaro terá bloqueio de celulares e drones

Medida de segurança para evitar acionamento remoto de explosivos foi pedida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI); órgão já requisitou equipamentos ao Exército Brasileiro

Globo.com

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
GSI teria requisitado equipamentos para impedir a transmissão de rádio frequência na posse de Bolsonaro
GSI teria requisitado equipamentos para impedir a transmissão de rádio frequência na posse de Bolsonaro (Bolsonaro)

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República decidiu utilizar bloqueadores de sinal de aparelhos de celular para garantir a segurança na posse de Jair Bolsonaro (PSL), no dia 1º de janeiro do ano que vem.

O órgão já requisitou ao Exército equipamentos para impedir a transmissão de rádio frequência na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nos momentos em que o presidente eleito estiver se deslocando em ambientes externos. A previsão é que também sejam utilizados aparelhos para evitar o uso de drones no local.

O objetivo é impedir o eventual acionamento de explosivos durante o trajeto de Bolsonaro. Esses instrumentos são usados para proteção de autoridades e também em presídios.

Sem desfile - A reportagem apurou ainda que o GSI já decidiu que Bolsonaro não desfilará em carro aberto, como já era reivindicado por aliados que alegavam razões de segurança.

Procurado pela reportagem, o futuro ministro do GSI, general Augusto Heleno, disse não ter informações sobre o esquema de segurança, que, segundo ele, está sendo discutido pela atual gestão. Ao ser indagado sobre a medida, o militar da reserva do Exército frisou que nunca havia falado isso, momento em que a reportagem explicou que a informação fora obtida por outra fonte.

O órgão, hoje chefiado pelo general Sérgio Etchegoyen, deve conceder entrevista coletiva na próxima terça-feira (18) para explicar como funcionará o policiamento no dia da posse.

Agentes das polícias da SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal) também vão integrar o planejamento, em parceria com o GSI, que comanda a segurança presidencial. A segurança de Bolsonaro foi reforçada pela Polícia Federal depois que ele levou uma facada durante ato de campanha, no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG).

Maduro não foi convidado à posse, afirma futuro ministro

O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo (16) em sua conta no Twitter que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não foi convidado pelo Itamaraty para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro em 1º de janeiro, em Brasília. Segundo o futuro chanceler, "não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira".

A posse do presidente eleito deve atrair chefes de Estado de vários países. Pelo protocolo do Itamaraty, os líderes dos países sul-americanos costumam ser convidados para a solenidade de posse dos presidentes brasileiros.

Bolsonaro, entretanto, sempre foi um crítico contundente do regime bolivariano da Venezuela, desde a gestão do ex-presidente Hugo Chávez. O presidente eleito manteve e até mesmo intensificou as críticas ao vizinho sul-americano depois que Maduro assumiu o comando da Venezuela.

Em meio à campanha eleitoral, Bolsonaro repetiu várias vezes que, se eleito, não deixaria que o Brasil se tornasse uma Venezuela. Aliados do futuro presidente acusam as gestões petistas de se associarem à Venezuela, que vive uma grave crise econômica, com desabastecimento e colapso de serviços.

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