O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República decidiu utilizar bloqueadores de sinal de aparelhos de celular para garantir a segurança na posse de Jair Bolsonaro (PSL), no dia 1º de janeiro do ano que vem.
O órgão já requisitou ao Exército equipamentos para impedir a transmissão de rádio frequência na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nos momentos em que o presidente eleito estiver se deslocando em ambientes externos. A previsão é que também sejam utilizados aparelhos para evitar o uso de drones no local.
O objetivo é impedir o eventual acionamento de explosivos durante o trajeto de Bolsonaro. Esses instrumentos são usados para proteção de autoridades e também em presídios.
Sem desfile - A reportagem apurou ainda que o GSI já decidiu que Bolsonaro não desfilará em carro aberto, como já era reivindicado por aliados que alegavam razões de segurança.
Procurado pela reportagem, o futuro ministro do GSI, general Augusto Heleno, disse não ter informações sobre o esquema de segurança, que, segundo ele, está sendo discutido pela atual gestão. Ao ser indagado sobre a medida, o militar da reserva do Exército frisou que nunca havia falado isso, momento em que a reportagem explicou que a informação fora obtida por outra fonte.
O órgão, hoje chefiado pelo general Sérgio Etchegoyen, deve conceder entrevista coletiva na próxima terça-feira (18) para explicar como funcionará o policiamento no dia da posse.
Agentes das polícias da SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal) também vão integrar o planejamento, em parceria com o GSI, que comanda a segurança presidencial. A segurança de Bolsonaro foi reforçada pela Polícia Federal depois que ele levou uma facada durante ato de campanha, no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG).
Maduro não foi convidado à posse, afirma futuro ministro
O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo (16) em sua conta no Twitter que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não foi convidado pelo Itamaraty para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro em 1º de janeiro, em Brasília. Segundo o futuro chanceler, "não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira".
A posse do presidente eleito deve atrair chefes de Estado de vários países. Pelo protocolo do Itamaraty, os líderes dos países sul-americanos costumam ser convidados para a solenidade de posse dos presidentes brasileiros.
Bolsonaro, entretanto, sempre foi um crítico contundente do regime bolivariano da Venezuela, desde a gestão do ex-presidente Hugo Chávez. O presidente eleito manteve e até mesmo intensificou as críticas ao vizinho sul-americano depois que Maduro assumiu o comando da Venezuela.
Em meio à campanha eleitoral, Bolsonaro repetiu várias vezes que, se eleito, não deixaria que o Brasil se tornasse uma Venezuela. Aliados do futuro presidente acusam as gestões petistas de se associarem à Venezuela, que vive uma grave crise econômica, com desabastecimento e colapso de serviços.
Saiba Mais
- Lira, sobre impeachment: ''estamos a um ano das eleições, o que ia resolver?''
- Presidente volta a criticar vacinas e promete novidade sobre tratamento precoce
- Reprovação de Bolsonaro recua para 58% e aprovação cresce para 33%
- ONG internacional denuncia Bolsonaro
- Bolsonaro responsabiliza governadores e prefeitos por crise econômica
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.