Governo dos EUA quer impedir entrada de transgêneros nas Forças Armadas

Presidente Donald Trump anunciou a medida em julho de 2017, mas tribunais norte-americanos conseguiram reverter a proibição

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Manifestantes protestam em Nova York contra decisão de Trump de proibir transgêneros nas Forças Armadas
Manifestantes protestam em Nova York contra decisão de Trump de proibir transgêneros nas Forças Armadas (Reuters)

WASHINGTON - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu na quinta-feira (13) à Suprema Corte que bloqueie a entrada de transgêneros nas Forças Armadas do país até uma solução para a batalha legal em curso sobre o tema.

A administração do presidente Donald Trump afirmou em julho de 2017 que não permitiria o alistamento de pessoas transgênero, após ouvir generais e especialistas na área militar. Segundo ele, haveria um "risco muito grande para a efetividade militar e a letalidade".

"Nossos militares devem se concentrar em vitórias decisivas e extraordinárias, e não podem se preocupar com os tremendos custos médicos e transtornos que seriam causados por transgêneros entre os militares", escreveu no Twitter em 2017.

Tribunais norte-americanos questionaram a posição repetidas vezes – e a oposição à medida conseguiu algumas vitórias na Justiça. O governo Trump, porém, insistiu nesta quinta-feira em garantir o cumprimento da medida em caráter emergencial.

Segundo a Casa Branca, a permissão "permaneceria em vigor durante pelo menos um ano a mais e provavelmente até 2020, um período muito longo para que os militares se vejam obrigados a manter uma política que, segundo seu critério profissional, é contrária aos interesses da nação".

Obama e Trump

A posição da Casa Branca é radicalmente distinta da postura adotada pelo governo do ex-presidente Barack Obama, antecessor de Trump.

De acordo com uma medida adotada durante a administração Obama, a partir de 1º de julho de 2017 as Forças Armadas deveriam começar a aceitar recrutas transgênero. Mas o governo Trump alterou a data para 1º de janeiro de 2018, antes de reverter completamente a política.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.