Especial Natal Solidário

O amor pelo próximo se expande e atrai cada vez mais benfeitores

Solidariedade e querer-bem levam pessoas a formarem grupos para auxiliar e oferecer algum alívio a quem precisa; manutenção do projeto de distribuição de cestas básicas atende a pedido da mentora do grupo “Filhos de Helena”

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

[e-s001]De uma iniciativa individual nasceu um dos exemplos mais singelos e nobres de assistência a quem precisa, na cidade. O projeto “Filhos de Helena”, criado em 2014, é a prova da intervenção divina. Personagens aparentemente sem missão passaram, a partir de um evento triste - a morte da mentora do projeto, Helena Tribuzi -, a consolidar uma agenda de atividades e a celebrar a bondade no mundo. A ideia é executada com afinco e dedicação por um dos filhos biológicos de Helena, Diogo Tribuzi, responsável por mudar o Natal de muita gente. Durante o ano, além do Natal, o projeto organiza outras três atividades fixas: na Páscoa e nos dias das Mães e da Criança.

Neste Natal, a atividade acontecerá no próximo dia 22, com a distribuição de pelo menos 600 cestas básicas. Os locais de distribuição, até o fechamento desta edição, ainda não haviam sido definidos, mas, de acordo com Diogo Tribuzi, deverão ser priorizados bairros mais carentes. “Normalmente, escolhemos bairros com famílias cuja faixa de renda seja considerada mais popular. São pessoas que confiam em nosso trabalho, e todos os anos aguardam a nossa ajuda”, disse.

O projeto somente foi possível graças à iniciativa de Helena Tribuzi, uma mulher definida como “de coragem e cheia de sonhos”. Servidora pública do Estado desde 2000, a personagem objeto de inspiração do projeto era implacável na arte de conseguir, mesmo sem dinheiro, ajuda aos mais necessitados. No início, ela não contava integralmente com o apoio da própria família. “Eu respeitava, mas não participava na prática”, afirmou Diogo Tribuzi.

Um episódio, em particular, por pouco não destruiu o sonho de Helena em tornar o mundo mais justo para todos. Era comum a mentora organizar uma espécie de sopão e distribuir em bairros carentes da capital. Em determinado mês, sem dinheiro e sem ter para quem pedir, Helena passou o crédito das compras no cartão pessoal e usou todo o limite. “Neste dia, foi duro para mim. Tive que falar para a minha mãe sobre essa falta de controle das finanças e necessidade absurda de somente ajudar os outros, se prejudicando em seguida”, afirmou.

Em 2011, a notícia que mudou o destino de todos da família de Helena: ela descobriu que havia contraído um câncer, que atacava poderosamente os ossos e limitava as ações diárias. Mesmo doente, ela não se curvou às dores e tentava colaborar, na medida do possível. “Teve um dia em que levei a minha mãe para fazer a sopa e ela somente tinha forças para girar o botão do liquidificador, que trituraria a cebola do tempero. Foi muito triste, mas era o que ela queria, participar de alguma forma”, afirmou. A última ação social com Helena aconteceu no Natal de 2013. “Foi a última vez que, de fato, vi minha mãe feliz. Ela foi um verdadeiro anjo na vida de todos nós. Uma mulher inesquecível em minha vida”, disse, emocionado, o diretor do “Filhos de Helena”.

Além de Diogo, o grupo “Filhos de Helena” é gerido por Fernando Fernandes, Tonnyfran Sousa, Pollyana Wyara, Thuanne e Danielle Bandeira. A também diretora do projeto, Rosarine Reis, é criadora da logomarca do projeto e idealizou o nome “Filhos de Helena”. A aceitação ao nome foi imediata. “Rapidamente, começamos a adotar o nome e pegou nas redes sociais”, frisou Diogo Tribuzi.

Atualmente, o grupo “Filhos de Helena” conta com forte apelo em canais como Facebook, Instagram e YouTube, com doações de pessoas que residem em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A responsabilidade social é a marca do projeto. “Fazer o bem a quem muitas vezes somente precisa disso. Esse é o nosso objetivo enquanto cidadãos e, enquanto tiver forças e condições, é o que vou fazer, junto com meus colaboradores”, afirmou Diogo.

[e-s001]Natal espírita
Por meio do ideal espírita, integrantes do Centro Espírita Jardim da Alma, no Anil, decidiram promover a paz e prosperidade por meio de ações, que expressem o bem e a harmonia. Fundado no dia 24 de dezembro de 1931, por Elgitha Brandão Nina Rodrigues, o grupo realizou nesta semana uma distribuição de cestas e outros mantimentos para a comunidade do Anil e adjacências.

O objetivo da entidade, segundo o administrador hospitalar e integrante do Centro, Lúcio Rogério da Costa Lopes, é difundir o espiritismo como a ciência da verdade. “Fazer a caridade material e espiritual e batalhar sempre pela saúde, educação e assistência social. Estes são os objetivos prioritários do Centro Espírita Jardim da Alma, que, este ano, ajudou várias famílias”, disse.

Gerido por Joyce Large, o grupo vive exclusivamente do auxílio de seus componentes e do apoio de terceiros, que, por afinidade e/ou opção de vida, queiram buscar a melhoria nas condições de vida de quem não teve o privilégio de nascer em uma condição social mais favorável. “O espiritismo também baseia a sua crença na bondade e no amor às pessoas. Poder proporcionar, nem que seja por algum tempo, a alegria para este público, sem dúvida faz dos integrantes do Centro Espírita pessoas ainda melhores”, afirmou Lúcio.

[e-s001]Antonio Brunno: da dor ao compartilhamento do amor

Em 2011, após perder a batalha para um câncer, o jovem Antonio Brunno inspirou pais e amigos na promoção de ações positivas. Por isso, no dia 28 de março de 2012, foi criada a Associação Antonio Brunno - organização não-governamental sem fins lucrativos idealizada pelo jovem de fé e solidariedade chamado Antonio. Em pouco mais de seis anos de funcionamento, a entidade - cujo endereço está situado na Rua C, Quadra 9, Casa 18, Planalto Anil II - acolheu cerca de mil pessoas, e a nova sede da instituição está em fase final de construção. Com as instalações, a associação mais do que dobrará a capacidade de atendimento e promete ser uma referência no acolhimento às pessoas com câncer no Brasil. No Natal, a direção da entidade promoverá a ceia especial. Organizada pelo presidente da entidade, Antônio Lima Sousa, a atividade consiste na promoção de uma noite natalina inesquecível a quem está no local aguardando por um procedimento de cura de câncer. “O meu Natal não é com minha família, e sim com estas crianças e com estes adultos. Meu filho está em cada um deles, vejo o Antônio em todos eles e cuido deles como se fossem meus filhos”, disse Antônio Sousa. Além da ceia, a associação também distribuirá cestas para famílias carentes. “São frutos de doações e da ajuda de terceiros que contribuem com nosso trabalho”, disse o presidente da Associação Antonio Brunno. Somadas às atividades internas, membros do grupo também promovem atividades lúdicas para pacientes no Hospital Aldenora Bello. “Também faz parte do complemento do tratamento e é uma agenda executada durante todo o ano, não somente no Natal”, explicou Antônio Sousa.

[e-s001]A Alegria como remédio: o trabalho do projeto “Vem Sorrir Também”

Idealizado e executado desde outubro de 2014 por Akenar Azevedo e Ronald Soares, o projeto “Vem Sorrir Também” é a personificação da prática da bondade no mundo, não somente durante o Natal, como em outras épocas do ano. A partir da junção de amigos e da boa vontade, o grupo agrega doações de cestas e outros itens para entregar a entidades de assistência. O projeto ainda não dispõe de sede fixa e o local para guardar as doações é a residência de Akenar Azevedo. “Propomos a ideia e a partir daí pensamos em um nome e pensamos ainda em dar continuidade a tudo. Não temos ainda uma sede, tudo é na minha casa, onde ocorrem as reuniões mensais de programação das atividades”, disse Akenar a O Estado. Após a reunião das cestas, são definidos os locais e em seguida há a distribuição. Este ano, o grupo resolveu ousar e fará a entrega dos donativos em uma comunidade quilombola no município de Itapecuru-Mirim. Em São Luís, outros bairros também serão beneficiados até o fim do ano. “Há quatro anos realizamos trabalhos do tipo, ações sociais com distribuições de roupas, brinquedos, alimentos e afins, além de proporcionar atendimentos específicos à comunidade”, afirmou Akenar. Para ela, o trabalho do grupo está em ascensão. “Somos hoje um grupo de amigos que só vem crescendo, e quando nos perguntam como faz pra participar a resposta costuma ser uma só: basta dispor da vontade de ajudar ao próximo, empatia pelo semelhante, e amor e assim já pode se sentir parte da família”, disse.

FIQUE POR DENTRO

PARA AJUDAR O “FILHOS DE HELENA”
Banco do Brasil
Agência: 3650-1
Variação: 51
Conta Poupança: 2455696-3
Titular: Diogo José Tribuzi Mendes

PARA AJUDAR A “FUNDAÇÃO ANTÔNIO BRUNNO”
Banco do Brasil
Agência: 4288-9
Conta Corrente: 34793-0
ou Caixa Econômica
Agência: 1576
Operação: 003
Conta Corrente: 4735-0

Instituição: Centro Espírita Jardim da Alma
Avenida Casemiro Júnior, bairro Anil
Telefone (98) 99221-1978

Instituição: Fundação Antônio Brunno
Rua C, Quadra 9, Casa 18, Planalto Anil II
Telefone (98) 3181-0016

SAIBA MAIS

Alunos de uma instituição particular da capital maranhense promoverão no próximo dia 21 (sexta-feira) a partir das 9h, na quadra poliesportiva do bairro da Liberdade em São Luís, um show especial com artistas caracterizados como bonecos de neve. Além da apresentação, cerca de 300 crianças também receberão dicas para aplicação de flúor e participarão de brincadeiras, pinturas de rosto. Os convidados também receberão lanches. “Será o fim de um ano especial. Nosso grupo conta com dificuldades, mas promove ações deste tipo que, além de repassar saúde para as crianças, também realiza brincadeiras e distribuição de brindes”, disse João Marcos, um dos organizadores do evento.

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