Nos Estados Unidos

Acusada de espionagem, russa Maria Butina se declara culpada

Ela se comprometeu a colaborar com investigação e pode ser condenada a pena de até 15 anos. Putin diz que ninguém nos serviços de inteligência russa sabe quem ela é

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Maria Butina em foto divulgada pelo escritório do xerife de Alexandria, na Virginia
Maria Butina em foto divulgada pelo escritório do xerife de Alexandria, na Virginia (AFP)

ESTADOS UNIDOS - A russa Maria Butina, acusada de espionagem nos Estados Unidos, se declarou culpada por conspiração em uma audiência nesta quinta-feira (13) em uma corte federal em Washington.

Ela concordou em colaborar com os investigadores após um acordo com a promotoria, e permanecerá presa enquanto aguarda sua sentença. Ela pode ser condenada a uma pena de até 15 anos.

Butina, de 30 anos, foi presa em 16 de julho e inicialmente se declarou inocente. O Ministério das Relações Exteriores russo chegou a iniciar uma campanha para exigir sua libertção, já que a considerava uma "presa política".

Segundo as autoridades americanas, Butina iniciou uma suposta operação para tentar favorecer os interesses do Kremlin nos EUA, primeiro em território russo e depois no americano.

As conexões dela, que trabalhava para um alto funcionário russo, lhe levaram a ter encontros com políticos americanos e com a influente Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês). A jovem entrou nos Estados Unidos como estudante com uma bolsa de estudos.

'Ninguém sabe quem é'

Na terça-feira, (10) o presidente russo Vladimir Putin disse que não entende por que Butina está presa nos Estados Unidos acusada de espionagem, uma vez que "ninguém" nos serviços de inteligência russos sabe quem é ela.

"Esta pobre jovem mulher está detida e pode ser condenada a 15 anos de prisão. Por que?", se perguntou Putin durante uma reunião com os membros do Conselho Presidencial de Direitos Humanos russo, de acordo com a agência Efe.

"Quando me informei do que lhe ocorreu perguntei imediatamente aos chefes de nossos serviços especiais quem era. Ninguém sabe absolutamente nada dela, exceto alguns no Conselho da Federação (Senado), onde aparentemente ela tinha trabalhado para um dos senadores. Isso é tudo", destacou o presidente russo.

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