Indicador econômico

MA é o último em ranking de desenvolvimento econômico, diz Sebrae

Indicador criado pelo Sebrae Minas faz uma análise de dados sobre cinco dimensões responsáveis por promover o desenvolvimento econômico local

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Com Dino, MA amarga última colocação em desenvolvimento econômico
Com Dino, MA amarga última colocação em desenvolvimento econômico (Flávio Dino)

Ronaldo Rocha
Da editoria de Política

O estado do Maranhão ficou na última colocação do Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local (Isdel). O indicador, criado pelo Sebrae Minas e divulgado na última segunda-feira, 10, faz uma análise de dados sobre cinco dimensões responsáveis por promover o desenvolvimento econômico local.
As cinco dimensões analisadas e que deixaram o Maranhão na última colocação, são: Capital Empreendedor (educação, renda e densidade empresarial); Tecido Empresarial (relacionado à existência de elementos do tecido social, tecido empresarial, programas e ações associativistas); Governança para o Desenvolvimen­to (participação e controle social, articulação e gestão pública); Organização Produtiva (aglomerações e diversificação produtiva) e Inserção Competitiva (especialmente informações do comércio internacional).
O resultado do índice de desenvolvimento atesta a tese que tem sido levantada pela oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB), sobretudo na Assembleia Legislativa, que aponta para uma crise econômica e financeira no estado.
Na última colocação, o Maranhão apresenta um índice de 0,2887, na escala que relaciona as 27 unidades federativas do país. Os quatro primeiros colocados no índice são: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Santa Catarina.
Os dados, que também relaciona as capitais e os demais municípios brasileiros, estão disponíveis para consulta pública no site: www.isdel-sebrae.com.
No material oficial de divulgação do relatório, o gerente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Felipe Brandão de Melo, falou sobre a análise.
“São informações que possibilitam uma análise sobre as potencialidades e fragilidades dos territórios, o que pode ajudar na criação de políticas públicas mais assertivas focadas nas necessidades de cada cidade ou estado”, disse.
No relatório, o Sebrae pontuou que acredita que o desenvolvimento dos estados e municípios passa pelos pequenos negócios, o que vai além da geração de riquezas. Para compor o índice, a instituição assegura que estudou indicadores que vão desde os sociais mais básicos como renda, educação e saúde, até indicadores mais complexos, como valor agregado das atividades econômicas que existem nos municípios.
O Sebrae Minas afirmou que o objetivo com o índice é permitir a todos os gestores públicos e agentes de desenvolvimento que olhem para seu território e identifiquem com clareza onde devem ser concentrados os principais esforços para que se faça um “desenvolvimento social inclusivo, econômico e sustentável com uma visão de futuro positivo”.

OUTRO LADO

O Estado entrou em contato com o Governo do Estado para obter um posicionamento a respeito da colocação do Maranhão no índice de desenvolvimento econômico. Até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

Dados sociais também são baixos no
Maranhão

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Síntese de Indicadores Sociais, atestou que 30,1% dos maranhenses vivem no momento com renda estipulada entre zero e um quarto do salário mínimo (R$ 234,25). Outros 27,4% dos cidadãos do estado têm renda entre R$ 234,25 e R$ 468,50. Por fim, 24,7% dos maranhenses apresentam renda entre R$ 468,50 e R$ 937.
Com mais da metade da população em situação de pobreza, o Maranhão tem o maior percentual de pessoas vivendo nestas condições, ainda de acordo com o IBGE. O estado é acompanhado no quesito negativo pelos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí e Bahia.
O IBGE atestou ainda que mais de 81% dos maranhenses não possuem saneamento básico adequa­do, percentual bem abaixo da mé­dia nacional (35,9%). Além deste dado, 32,7% dos maranhenses não têm acesso à coleta “direta ou indireta” de lixo. E 29,2% da população do estado não usufrui dos serviços de abastecimento de água.

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