Justiça

Julgamento dos acusados de matar Bertin prossegue em Itapecuru

Ontem, os três policiais, acusados de praticar o crime, foram ouvidos; Algumas testemunhas se pronunciaram na segunda-feira; não há previsão de encerramento

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Os três policiais Serrão, Salgado e Evangelista, indiciados pelo crime
Os três policiais Serrão, Salgado e Evangelista, indiciados pelo crime (Réus no caso Bertin )

ITAPECURU-MIRIM - Prossegue na Câmara Municipal de Itapecuru-Mirim o julgamento dos policiais militares José Evangelista Duarte Santos, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado, acusados de assassinar o prefeito de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin; e tentativa de homicídio contra Pedro Pereira de Albuquerque, o Pedro Pote, no dia 06 de março de 2007, no povoado Cigana, na cidade de Itapecuru-Mirim.

De acordo com a Corregedoria da Justiça, ontem os três réus foram ouvidos. No primeiro dia do julgamento, que iniciou na última segunda-feira, 10, testemunhas foram ouvidas. O julgamento ainda não tem previsão de quando chegará ao fim, pois outras testemunhas ainda serão ouvidas, para, em seguida, começar os debates.

Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), os réus praticaram o crime a mando de terceiros, que tinham o interesse em se beneficiarem de esquema de corrupção existente no município de Presidente Vargas. O crime foi motivado em razão do controle político de Presidente Vargas e do uso indevido de dinheiro público.

O MP também denunciou que com a morte de Bertin os mandantes seriam beneficiados. Após o assassinato, o presidente da Câmara de Vereadores assumiria a gestão da cidade e colocaria em prática um esquema de corrupção. Após a análise da denúncia, o Poder Judiciário de Itapecuru decidiu, diante da existência de materialidade e indícios suficientes de autoria do crime, pronunciar os três executores para serem julgados pelo Júri Popular.

Adiamento:

Anteriormente marcado para o dia 26 de novembro, o julgamento do caso Bertin foi adiado para ser iniciado no dia 10 de dezembro, após as defesas dos réus José Evangelista Duarte Santos (apresentação de novas testemunhas) e Raimundo Nonato Gomes Salgado (maior tempo para trabalhar a defesa, que trocou de advogado) solicitaram a magistrada Mirella Freitas, presidente do Tribunal do Júri da 2ª Vara de Itapecuru-Mirim, para remarcar o júri. O pleito teve parecer favorável do Ministério Público. A defesa do réu Benedito Manoel Martins Serrão (ausente), pela Defensoria Pública, também solicitou adiamento do julgamento, mas a Justiça negou o pedido. Jurados, testemunhas, réus, Ministério Público e advogados já saíram do ato intimados da nova data.

O crime:

Está registrado no inquérito policial e na denúncia do Ministério Público (MP) que, por volta das 22h45 do dia 6 de março de 2007, no povoado Cigana, zona rural de Itapecuru-Mirim, Bertin e Pedro Pote, que estavam em um veículo S-10 de placas HPI-4779, foram parados por outro carro, no qual estavam os criminosos.

Os criminosos trancaram a caminhonete que era conduzida por Bertin, obrigando-o a parar. Posteriormente, eles mataram o prefeito com um tiro na cabeça e ainda travaram uma luta corporal com Pedro Pote, que foi esfaqueado no abdômen e na cabeça.

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