Editorial

Direitos humanos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento mais traduzido do mundo, disponível em mais de 500 idiomas. No Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), as Nações Unidas lançaram em Paris, na França, uma campanha de um ano em homenagem ao documento fundamental de direitos humanos, que em 2018 completa 70 anos.
Desde a proclamação da Declaração Universal, em 1948, “direitos humanos têm sido um dos três pilares das Nações Unidas, junto com a paz e o desenvolvimento”, afirmou o secretário-geral António Guterres, em sua mensagem para a data.
Como um dos “acordos internacionais mais profundos e de longo alcance do mundo”, a Declaração Universal proclamou direitos inalienáveis de todos os seres humanos, independente de raça, cor, religião, sexo, linguagem, opinião política ou de qualquer outro tipo, origem social ou de nacionalidade, status de propriedade, nascimento ou de qualquer outro tipo. É o documento mais traduzido do mundo, disponível em mais de 500 idiomas.
O secretário-geral lembrou que, embora abusos de direitos humanos não tenham terminado quando a Declaração Universal foi adotada, o instrumento tem ajudado milhares de pessoas a conseguir maior liberdade e segurança e também a prevenir violações, obter justiça e fortalecer leis e salvaguardas de direitos humanos nacionais e internacionais.
A campanha de um ano começou dia 10 de dezembro no Palais de Chaillot, em Paris, com um outro evento realizado no dia seguinte na sede da ONU em Nova Iorque.
O alto-comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, lembrou que, graças à Declaração, a vida diária de milhões de pessoas tem melhorado, sofrimentos humanos têm sido evitados e as fundações para um mundo mais justo estão sendo estabelecidas.
“Enquanto sua promessa ainda precisa ser cumprida, o fato de ter resistido ao teste do tempo é prova da duradoura universalidade de seus valores perenes de igualdade, justiça e dignidade humana”, declarou Zeid.
Graças à Declaração Universal dos Direitos Humanos e aos compromissos dos Estados quanto a seus princípios, a dignidade de milhões de pessoas foi elevada, um sofrimento humano incalculável foi impedido e os fundamentos de um mundo mais justo foram construídos.
Embora sua promessa ainda esteja por se cumprir, o próprio fato de a Declaração ter resistido ao teste do tempo é um testemunho da universalidade duradoura de seus valores perenes de igualdade, justiça e dignidade humana.
Até hoje, os direitos humanos não são respeitados em sua totalidade e é possível comprovar isso apenas analisando os, ainda existentes, casos de trabalho escravo, discriminação racial, religiosa, sexual ou de gênero. Porém, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, existem muitos cidadãos e cidadãs comprometidos com a luta pela igualdade entre os mulheres e homens, pobres e ricos, negros e brancos e por em diante.
Em declaração pública, a Alta Comissária dos Direitos Humanos da Nações Unidas, Navi Pillay afirmou que “devemos nos esforçar ao máximo para apoiar quem defende os direitos humanos. Todos os anos, milhares de defensores dos direitos humanos são assediados, abusados, encarcerados injustamente e assassinados”. Confira a íntegra da declaração em espanhol.

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