Solidariedade

Alunos e professor promovem jogo beneficente para ajudar amigo

Estudantes da escola José Justino Pereira se juntaram a um professor para promover partida de futsal, que ajudará na arrecadação para a compra de uma prótese para aluno, que precisou amputar a perna

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Joadson Clayton perdeu a perna esquerda por causa de um câncer
Joadson Clayton perdeu a perna esquerda por causa de um câncer (Divulgação )

SÃO LUÍS - Dois jovens que vivem momentos distintos na vida, mas que o destino colocou na “mesma equipe”. Um está se despedindo do time da escola José Justino Pereira, onde tem uma história muito bonita nos últimos anos e é querido por todos. O outro, que também é aluno, sonha com uma prótese para suprir a falta de uma perna amputada após um câncer. Esse será o clima de despedida e solidariedade que marcará o jogo beneficente que acontecerá, neste domingo (16), às 10h, no ginásio do Centro Educacional São José Operário, na Cidade Operária.

Para ser mais justo, essa história tem um terceiro envolvido, o professor e apaixonado por futebol Hugo Saraiva, que é o responsável pela partida de futsal que vai unir João Vitor Amorim, símbolo do time da escola José Justino Pereira, e o também aluno Joadson Clayton, que perdeu a perna esquerda por causa de um câncer.

“O jogo beneficente da escola nasceu de um evento simples e interno. De início, haveria apenas um jogo amistoso de despedida do nosso ala João Vitor Amorim, que tem uma história no futsal da escola e se despedirá no final do mês e do futsal por concluir o ensino médio. Eu soube que o meu aluno, Joadson Clayton, precisava trocar a prótese por uma de mais qualidade, o que lhe dará uma melhor locomoção. Daí ampliei o jogo para um caráter beneficente, com 100% da renda revertida a ele”, explicou o professor, informando que a prótese para o Joadson custa cerca de R$ 18 mil.

Muito dedicado ao time da escola, Hugo Saraiva, que também é es escritor - ele já publicou livros sobre Sampaio, Maranhão e Moto, contou como juntou dinheiro para viabilizar a partida beneficente. “Da minha gráfica, onde publiquei quatro livros [incluindo um que conta a história do esporte em nossa escola e lançado em 2017], ganhamos a impressão dos 600 ingressos.
Organizei uns sete ou oito torneios de futsal entre escolas para viabilizar essa partida beneficente e comprar material para o jogo, como uniformes e alguns prêmios, que serão sorteados ao público. As escolas do bairro abraçaram a ideia do jogo e nos cederam o espaço para que fossemos divulgar o jogo de sala em sala”, explicou o professor, lembrando que confeccionou mais de 600 ingressos para ajudar na arrecadação da renda.

Dois jovens e histórias diferentes

Aluno da escola José Justino Pereira, Joadson Clayton, que também é atleta, foi diagnosticado com câncer em 2016. E, mesmo passando por um intenso tratamento, ele teve de amputar a perna esquerda. Depois disso, o jovem teve de passar por outras cirurgias, no pulmão, para conter a doença, que se alastrava. Daí, após muito sofrimento, Joadson, enfim, se livrou do câncer e, depois de oito meses em observação, ele sonha com uma prótese para voltar a ter mais independência.

Sensibilizados com a batalha do colega, alunos, professores e a comunidade em geral, resolveram ajudá-lo na compra da prótese, já que a família não tem condições de arcar com as despesas.

Com um motivo diferente do amigo, João Vitor Amorim vai se despedir do time da escola após terminar o ensino médio. E essa despedida vai ser muito marcante, já que, além de aluno, João é um dos maiores incentivadores da prática do futsal na unidade de ensino. Para se ter uma ideia, em 2015, com quase 30 anos de escola, pela primeira vez o José Justino Pereira foi inscrito nos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs). E o responsável direto por isso foi o aluno João Vitor Amorim. Na época, nenhum professor de Educação Física interessou-se em colocar a escola nos Jogos Escolares e ele, sozinho, correu atrás de tudo: médico para avaliação física dos jogadores, material para treino e uniformes. Daí em diante, João Vitor virou um símbolo do esporte na escola.

E até mesmo em sua despedida João Vitor segue sendo exemplo para toda a comunidade.

Futsal e solidariedade

Na partida principal, o combinado do primeiro time da história do futsal da escola (2015) contra o time atual do Justino Pereira (2018). Além dos jogos, haverá sorteio de prêmios, como aparelho de DVD, micro-ondas, bolas de futsal, camisa do futsal da escola, uma viagem com passagem aérea e hotel para Fortaleza, dentre outros prêmios. O ingresso para o jogo beneficente pode ser adquirido na entrada do ginásio ao preço de R$ 3,00 e toda a renda será destinada para a compra da nova prótese do aluno Joadson .

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