Dinheiro de volta

Ações contra corrupção e má gestão recuperaram R$ 7 bi em 2018, diz CGU

Valores incluem o cancelamento de licitações e contratos, a recuperação de valores pagos indevidamente e a má gestão de verba pública

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
CGU garante que mais de R$ 7 bilhões voltaram aos cofres públicos em 2018
CGU garante que mais de R$ 7 bilhões voltaram aos cofres públicos em 2018 (cgu, uniao)

Brasília - O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União informou nesta quarta-feira, 12, que ações promovidas pela pasta contra irregularidades e má gestão do dinheiro público recuperaram R$ 7,23 bilhões ao longo de 2018.

Segundo a pasta responsável pelo combate à corrupção no Executivo federal, os valores incluem o cancelamento de licitações e contratos, a recuperação de valores pagos indevidamente e a má gestão de verba pública.

Em uma única ação, ressaltou a CGU, foram recuperados mais de R$ 5,8 bilhões por meio do cancelamento de 96 mil benefícios do INSS que eram pagos a pessoas que já estavam mortas. A cifra corresponde a 80% do total recuperado neste ano pela Controladoria.

A CGU afirmou que, neste ano, foram realizadas 33 operações de combate à corrupção em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). A Controladoria estima que o montante de recursos recuperados entre 2012 e 2018 com ações conjuntas foi de R$ 29,7 bilhões.

Na apresentação do balanço de ações de 2018 realizada na manhã desta quarta-feira, a CGU também informou o número de acordos de leniência que a pasta homologou neste ano.

Os acordos de leniências são uma espécie de delação premiada de empresas, nas quais elas deletam crimes ou irregularidades cometidas em troca de benefícios, como a possibilidade de continuar contratando com o poder público.

De acordo com a CGU, três acordos de leniência foram firmados pela pasta em 2018: um com a Odebrecht, no valor de R$ 2,72 bilhões, um com a SBM Offshore, de R$ 1,22 bilhão e um com a MullenLowe/FCB Brasil, de R$ 53,1 milhões.

No total, a CGU já firmou cinco acordos com empresas investigadas por corrupção. Esses acordos representam um ressarcimento de R$ 4,57 bilhões aos cofres públicos ainda de acordo com órgão, três outros acordos estão próximos de ser fechados.

Expulsão

Em 2018, informou a CGU, o governo federal expulsou 566 servidores públicos federais por conta de irregularidades. Conforme a Controladoria, o principal motivo foi corrupção, que resultou na demissão de 371 pessoas, aproximadamente 65% dos casos.

O número de expulsões em 2018 é o mais alto desde 2003, quando o levantamento começou a ser feito.

Ainda segundo a CGU, 467 demissões foram de servidores efetivos, 26 de cargos em comissão e 73 cassações de aposentadorias. De 2003 a novembro de 2018, 7.281 servidores federais foram expulsos.

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