Pesquisa

43% dos idosos respondem pelo sustento da casa, diz CNDL

Conforme estudo da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, boa parte dos lares conta com a renda de familiares com mais de 60 anos; nove em cada 10 idosos (91%) contribuem financeiramente com o orçamento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Pesquisa revela que sete em cada 10 idosos são beneficiados pela aposentadoria atualmente
Pesquisa revela que sete em cada 10 idosos são beneficiados pela aposentadoria atualmente (Divulgação)

BRASÍLIA - Um estudo feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) constatou que 21% dos idosos aposentados continuam exercendo algum tipo de atividade remunerada. Segundo os autores do estudo, uma das principais razões do fenômeno é o fato de a renda não ser suficiente para pagar as contas – é o que afirmam 47% dos entrevistados.

De acordo com a pesquisa, no Brasil, sete em cada 10 idosos são beneficiados pela aposentadoria atualmente. Além da questão financeira, entre os que têm mais de 60 anos e ainda exercem alguma atividade remunerada, 48% disseram que querem se sentir produtivos nessa fase da vida e 46%, que buscam manter a mente ocupada.

Segundo o estudo, boa parte dos lares conta com a renda de familiares com mais de 60 anos. Nove em cada 10 idosos (91%) contribuem financeiramente com o orçamento, sendo que 43% os principais responsáveis pelo sustento da casa. Ainda assim, 34% dos entrevistados recebem algum tipo de custeio por meio de pensão por morte de cônjuge ou ente familiar.

Planejamento

Entre os que se planejaram pensando nessa fase da vida, 32% admitem nunca ter guardado dinheiro exclusivamente para essa finalidade; 25% não lembram quando começaram a fazer uma reserva; e 43% dos que recordam o período de início da poupança tinha em média 27 anos quando começou a guardar dinheiro.

A maior parte dos entrevistados (47%) afirmou que se previne por meio da contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); 34% disseram que fazem algum tipo de investimento – número que sobe entre as classes A e B – como poupança (13%), previdência privada da empresa em que trabalhou (9%) e investimentos como fundos ou ações (7%).

Há também uma parcela que investe em previdência paga por conta própria (7%) e em imóveis (6%) – considerando apenas os imóveis tratados como investimento, e não como moradia.

Entre a população da faixa etária acima de 60 anos que não se prepararam para a aposentadoria, os principais fatores citados são falta de renda (29%) e de sobra de dinheiro no orçamento (25%).

O SPC diz que os dados refletem um novo cenário com o aumento da expectativa de vida no Brasil e ressalta que planejar a aposentadoria pensando na renda que virá com o INSS é arriscado no contexto atual no país. De acordo com a entidade, o valor médio do benefício concedido raramente é suficiente para dar cobrir despesas que não estavam previstas, como gastos com remédios e plano de saúde.

Foram entrevistados 612 consumidores com idade acima de 60 anos de ambos os gêneros e de todas as classes sociais, nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.

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