Editorial

Natal e esperança de vendas no comércio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Muito se falou em crise durante o ano de 2018. Ainda que essa situação de dificuldade persista na mente das pessoas, a proximidade do período natalino traz outra perspectiva, mais positiva, de pelos menos se recuperar parte do prejuízo, mas também com esperança de um ano novo melhor.

O comércio já teve anos muito positivos, mas desde 2016 tem convivido com queda nas vendas, fruto da recessão que bateu a porta do país de forma intensa e para agravar o quadro num momento de enorme instabilidade política, com o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, operação Lava Jato, protestos da sociedade, e impactos do cenário externo.

Somado a isso, fechamento de empresas, desemprego que alcançou quase 15 milhões de brasileiros, queda na renda, enfim, todos os ingredientes para um panorama de total desesperança no Brasil.

No caso do Maranhão, o declínio do volume de vendas foi de 13,8% nos anos de 2015 e 2016, fazendo o varejo do estado recuar para índices de 2012. Em 2017, já houve uma recuperação, com 4,5% no crescimento do volume de vendas.

Passada a fase mais difícil da crise, o país vem experimentando uma recuperação gradativa da economia, o que vem repercutindo positivamente em alguns setores, como a atividade automobilística, que tem vendido mais veículos, e mesmo o comércio de um modo geral.

Os dados da pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) mostram leve retomada da confiança do consumidor de São Luís em gastar mais neste Natal. Pode até não ser no volume que o varejo espera para a data mais importante para o setor, mas não deixa de ser um presente para os empresários.

A pesquisa revela que a média de gastos com o presente natalino em 2018 deve crescer 7,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. E mais: que a perspectiva é de um avanço real de 3,3% sobre as intenções de gastos com o presente este ano.

Ou seja, dois em cada três ludovicenses (66,6%) pretendem comprar algum presente natalino este ano. Mesmo que a Fecomércio tenha verificado que apesar de ser o menor nível de intenção de consumo para a data desde o início das pesquisas em 2013, o percentual ainda representa uma fatia considerável da população disposta a ir às compras no período.

Um aspecto que chama atenção na pesquisa e que deve ser observado pelas lojas de shopping é que 69,4% dos consumidores optam por esse empreendimento comercial para fazerem suas compras de natal, enquanto a Rua Grande perdeu espaço, sendo preferido por apenas 15,2%. Em compensação, as lojas de bairro são opções para 25,9%, representando um aumento de 40% nas intenções de compras do consumidor nesses espaços comerciais.

Com a pesquisa da Fecomércio em mãos, agora cabe aos lojistas de São Luís planejarem suas estratégias de venda para atrair os consumidores, seja com estoque variado, promoções, vitrines, entre outras formas, pois o apelo natalino sempre é mais forte mesmo em períodos difíceis como este que o Brasil está passando.

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