PARIS - Os protestos dos "coletes amarelos" continuaram na sexta-feira (7) na França, e as autoridades temem uma "grande violência" no sábado (8) na capital francesa, Paris.
Manifestantes ocuparam a estrada A2, que liga Paris a Bruxelas, na região de Fontaine-Notre-Dame. Em Toulouse, no sul do país, um protesto foi dispersado pela polícia, que usou gás lacrimogêneo, de acordo imagens divulgadas pela Reuters.
Os protestos dos chamados "coletes amarelos", item obrigatório para os veículos franceses, nasceu no interior no país no dia 17 de novembro e chegou às grandes cidades depois que ganhou força nas redes sociais. A principal reivindicação era a revogação do aumento dos impostos sobre os combustíveis, que acabou sendo suspenso pelo governo.
Mas as manifestações continuaram, e o movimento evoluiu para uma revolta geral contra o presidente Emmanuel Macron, que muitos criticam por implementar políticas que favoreceriam apenas os membros mais ricos da sociedade francesa.
Milhares de estudantes também protestam nesta sexta contra mudanças na Educação e manifestaram apoio aos "coletes amarelos". Centenas de escolas foram bloqueadas desde a quinta-feira. Segundo a imprensa francesa, cerca de 700 estudantes foram presos.
Intervenção
Um vídeo que mostra jovens algemados e cercados pela polícia após uma intervenção no liceu Saint-Exupéry, em Mantes-la-Jolie, periferia de Paris, está repercutindo nas redes sociais e causa indignação da opinião pública. Assista abaixo:
Em Paris, moradores e turistas se preparam para uma possível nova onda de violência. Funcionários de lojas instalam painéis de madeira para proteger as vitrines. Homens carregam chapas de compensado para proteger os estabelecimentos comerciais. Nos canteiros de obras, funcionários escondem máquinas, ferramentas e produtos inflamáveis.
Mobilização
Cerca de 8 mil membros das forças de segurança foram mobilizados. Além disso, uma célula de crise será ativada, e 2.000 elementos do mobiliário urbano foram desmontados, segundo a prefeita Anne Hidalgo.
A Torre Eiffel e o Museu do Louvre estarão fechados, assim como as lojas de departamentos no bairro da Ópera e as lojas nos Champs-Élysées, principal ponto de tensão.
"Pediram que recolhêssemos tudo o que pudesse ser usado como arma", explica Aziz, um agente do serviço de limpeza pública da prefeitura de Paris, carregando de sucata de metal seu caminhão estacionado em uma rua perto dos Champs-Élysées.
Não muito longe, dois de seus colegas desmontam as grades de ferro fundido que cercam as árvores da avenida Malesherbes, invadida em 1º de dezembro por vândalos.
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