Presentes

Consumidor pretende gastar 7,9% mais neste Natal em SL

Pesquisa da Fecomércio/MA aponta que essa perspectiva positiva comprova a gradativa retomada da confiança dos consumidores, consequência do processo de recuperação do mercado de trabalho e da renda das famílias

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Perspectiva da Fecomércio para as vendas natalinas na capital é de um avanço real de 3,3% sobre as intenções de gastos com presente este ano
Perspectiva da Fecomércio para as vendas natalinas na capital é de um avanço real de 3,3% sobre as intenções de gastos com presente este ano (natal)

O comércio de São Luís segue apontando, mesmo que de forma lenta, para uma recuperação do volume de vendas. Esse é o cenário indicado pela pesquisa de intenção de consumo para o Natal deste ano, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA). De acordo com o estudo, a média de gastos com o presente natalino em 2018 cresceu 7,9%, quan­do comparado com o ano passado, e alcançou R$ 151,00. Considerando-se o índice de inflação oficial do país, que marcou 4,56% no acumulado dos últimos 12 meses até novembro, a perspectiva é de um avanço real de 3,3% sobre as intenções de gastos com o presente este ano.
Segundo a Fecomércio, esse resultado comprova a gradativa retomada da confiança dos consumidores de São Luís, consequência do processo de recuperação do mercado de trabalho e da renda das famílias ao longo do ano. “Durante todo o segundo semestre, registramos em nossos levantamentos econômicos um reaquecimento da confiança das famílias ludovicenses em relação ao consumo, com destaque para a melhoria da percepção do consumidor quanto ao momento para aquisição de bens duráveis. É claro que ainda temos muito a caminhar para alcançar os indicadores do período pré-crise, mas esses são sinais claros que estamos seguindo na direção correta”, explica o presidente da Federação do Comércio, José Arteiro da Silva.
Para a entidade que representa o empresariado do comércio maranhense, essa recuperação tem seguido a passos lentos em função dos índices negativos acumulados ao longo do período da crise. Somente em relação ao mercado de trabalho, a capital maranhense viu desaparecer 24.482 postos de trabalho com carteira assinada entre janeiro de 2014 a dezembro de 2016. Já o declínio do volume de vendas do comércio no Maranhão foi de 13,8% nos anos de 2015 e 2016, fazendo o varejo do estado recuar para índices de 2012.
“Em 2017, nós avançamos 4,5% no crescimento do volume de vendas. Em 2018, a previsão é que aceleremos mais 6,5%. Somados, esses resultados positivos ainda não são suficientes para recuperar as perdas registradas na crise econômica, por isso os empresários ainda não conseguem sentir de forma mais aguda essa retomada das vendas”, frisa José Arteiro.

Consumo
O levantamento de intenção de consumo para o Natal da Fecomércio aponta que dois em cada três ludovicenses (66,6%) pretendem comprar algum presente natalino. Apesar de ser o menor nível de intenção de consumo para a data desde o início das pesquisas em 2013, o número ainda representa uma fatia considerável da população disposta a ir às compras no período. Assim, considerando a elevação da intenção de gastos com o presente, a perspectiva da Federação do Comércio é que o comércio de São Luís registre uma variação positiva no volume de receita em dezembro em relação ao mesmo período de 2017.
“Esse aumento do nível de receitas das empresas deverá ser revertido em novos investimentos em 2019, por meio da efetivação de novos estoques, aberturas de novas unidades e contratações de mais empregados. Esse é o círculo virtuoso da economia começando a entrar nos eixos para o comércio de São Luís”, esclarece o presidente Arteiro.
Entre os produtos preferidos deste ano, a lista dos presentes é liderada por brinquedos com 74,1% de intenção de consumo e artigos de vestuário com 41,2%. Estes dois tipos de produtos registraram, respectivamente, aumento de 36,7% e 100% nas intenções de compra em relação ao ano passado. Também compõem a lista de preferência dos consumidores neste ano os sapatos (13,4%), artigos de cama, mesa e banho (6,2%), material esportivo (6,1%), chocolates (5,4%) e celular (4,8%).
Quanto à forma de pagamento, 67,9% dos consumidores deverão optar pela modalidade à vista, com destaque para a utilização do dinheiro em espécie (63,5%) sobre o cartão de débito (4,4%). Em segundo lugar, ficou a opção pelo cartão de crédito, com 58,6% das indicações dos consumidores. Na comparação com 2017, a tendência pelo uso do dinheiro no comércio para a compra dos produtos natalinos permaneceu estável, enquanto a preferência pelo uso do cartão de crédito avançou 64,6%.
A opção pelo uso do cartão de crédito neste momento está mais direcionada aos consumidores com idade de 21 a 35 anos, que demonstraram 64,4% de intenção de utilizar essa modalidade de pagamento, as pessoas com ensino superior, com 69,1%, e aqueles com renda familiar mensal maior do que 6 salários mínimos, com 63,8%.
Em relação aos locais de compra, o levantamento demonstrou que 69,4% deverão optar pelos shoppings e 25,9% pelas lojas de bairro. Ambos os locais apresentaram aumento nas intenções de compras na comparação com o ano passado de 78,4% e 40%, respectivamente. Por outro lado, o centro comercial/Rua Grande com 15,2% das indicações dos consumidores reduziu 61%.

Faixa etária
De acordo com a faixa etária do consumidor, a pesquisa mostra que a preferência pelas lojas dos Shoppings tende a ser maior entre os consumidores com mais de 36 anos, que apresentaram 78,8% de indicação por esses locais, recuando para 62% entre aqueles com idade de 21 a 35 anos e chegando a 54% entre os consumidores com até 20 anos.
Quanto aos gastos, percebe-se que os homens estão mais dispostos a gastar com a compra do presente, com média de R$ 166,00 contra R$ 138,00 calculado para as mulheres. No entanto, no valor geral das compras, incluindo a comemoração, as mulheres se mostram mais intencionadas aos gastos, com média de R$ 320,00 contra R$ 292,00 indicado para os homens.
Utilizando-se por base apenas o valor médio do presente, que foi o índice com maior crescimento na comparação anual, verifica-se que o perfil do consumidor que deverá investir mais na compra do presente é constituído pelas pessoas na faixa etária de até 20 anos (R$ 165,00), com ensino superior completo (R$ 158,00) e renda familiar mensal superior a seis salários mínimos (R$ 203,00).
Em relação ao dia em que os consumidores pretendem ir às compras, 37,6% dos entrevistados escolheram a segunda-feira como dia preferencial para compras e 27,7% disse não ter dia certo para comprar os presentes. Foram citados com menor relevância a terça-feira com 19%, a quarta-feira com 10%, a quinta-feira com 5,5%, o sábado com 3,6%, sexta-feira com 3,1% e o domingo com 2,5%.

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