Crise econômica

“O Maranhão caminha para o abismo econômico”, diz Roberto Rocha

Senador analisou relatório divulgado pelo IBGE, que aponta o Maranhão com 54% da população abaixo da linha da pobreza

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Ronaldo Rocha
Da editoria de Política

O senador da República Roberto Rocha (PSDB) criticou a gestão social e econômica instituída pelo governador Flávio Dino (PCdoB), após a divulgação do relatório Síntese de Indicadores Sociais (SIS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta o Maranhão como o estado em que mais da metade da população vive em situação de pobreza.
Para o tucano, o relatório é o retrato da perversidade a que foi submetido o estado.
“O Maranhão caminha a passos largos para o abismo econômico e social. Mais da metade da população vive abaixo da linha de pobre­za. Um retrato perverso para um estado que possui um potencial gigantesco para o desenvolvimento, mas o povo ainda não é sócio da sua própria riqueza, que pode ajudar a resgatar o Maranhão”, disse.
No seu pronunciamento, Rocha fez uma análise do relatório e demonstrou preocupação com a situação do estado.
“Na verdade nós temos dois ‘brasis’. Um Brasil da metade para cima e outro Brasil da metade para baixo. Nesse Brasil da metade para baixo, a sociedade é maior do que o governo. No Brasil da metade para cima, o governo é muito maior do que a sociedade. Isso se agrava muito mais no Nordeste e, em especial, no Maranhão, que, segundo a pesquisa do IBGE, foi infelizmente identificado como o estado que tem a maior parte da população vivendo absolutamente abaixo da linha de pobreza”, disse.

Subdesenvolvimento
O senador explicou que em todos os levantamentos técnicos o Maranhão é o que apresenta o maior número de municípios em situação de subdesenvolvimento.
“Para se ter uma noção do tamanho da gravidade do proble­ma, nós aprovamos aqui nesta Ca­sa um projeto que dobra a per capita da merenda escolar para os municípios de extrema pobreza no Brasil. Este projeto está na Câmara. Foram detectados em todo o Brasil 470 municípios nesta situação. Destes, 108 são do estado do Maranhão”, revelou.
“Mais recentemente, o Ipea divulgou os 30 municípios do Brasil que não têm nada, sem equipamento público. Dos 30, 16 são do estado do Maranhão”, completou.
Roberto criticou a política social econômica instituída pelo governador Flávio Dino e cobrou ações enérgicas para a mudança de quadro.
“Eu só acredito no desenvolvimento social quando está aliado ao desenvolvimento econômico. O econômico não é inimigo do social, como alguns fazem parecer ser. Pelo contrário, o econômico é que puxa o social para cima, ou para baixo […]. Eu espero que o nosso estado, o Maranhão, que termina criando um problema para o Brasil na medida que puxa os índices para baixo, tenha a capacidade de dar um passo adiante”, finalizou.

Mais da metade da população do MA vive na extrema pobreza

O relatório Síntese de Indicadores Sociais (SIS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta o Maranhão como o estado em que mais da metade da população vive em situação de pobreza.
Pelo levantamento, cerca de 54,1% dos maranhenses vivem com menos de R$ 406,00 por mês.
O instituto mostrou que 81% dos maranhenses não possui saneamento básico adequado. Pontuou também que 32,7% das pessoas não tem acesso à coleta direta ou indireta de lixo e que para 29,2% não há abastecimento de água.
De acordo com o relatório SIS, cerca de 3% da população vive sem nenhum tipo de renda no Maranhão, quando a média nacional é de 2,4%. Além disso, 24,3% vive com renda de um quarto a meio salário e outros 27,4 % vive com renda entre meio a um salário-mínimo no estado.
O levantamento, que foi realizado em 2017, mostra que a Região Nordeste é a que possui o maior percentual de pessoas nesta condição, com cerca de 14,7% da população. Atrás do Maranhão, ficam os estados de Alagoas (48,9%) e Piauí (45,3%).l

O Maranhão caminha a passos largos para o abismo econômico e socialRoberto Rocha, senador pelo PSDB
Um retrato perverso para um estado que possui um potencial gigantesco para o desenvolvimento, mas o povo ainda não é sócio da sua própria riqueza, que pode ajudar a resgatar o Maranhão”Roberto Rocha, Senador do PSDB

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