Consumo

Cesta básica compromete 40,43% do salário mínimo líquido do trabalhador de São Luís

De acordo com o Dieese, trabalhador precisou cumprir jornada de trabalho, em novembro, de 81 horas e 50 minutos, maior do que a de outubro, de 76 horas e 53 minutos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Segundo o Dieese, entre outubro e novembro de 2018, oito produtos tiveram alta em São Luís
Segundo o Dieese, entre outubro e novembro de 2018, oito produtos tiveram alta em São Luís (Divulgação)

SÃO LUÍS - O valor da cesta básica no mês de novembro, que totalizou R$ 354,83, representando alta de 6,44%, comprometeu 40,43% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários) dos trabalhadores de São Luís. Em outubro, o comprometimento no orçamento foi de 37,98% e, em novembro de 2017, de 38,65%.

Desse modo, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o trabalhador ludovicense precisou cumprir jornada de trabalho, em novembro, de 81 horas e 50 minutos, maior do que a de outubro, de 76 horas e 53 minutos. Em novembro de 2017, a jornada era de 78 horas e 13 minutos.

Alimentos básicos

Segundo os dados do Dieese, o custo do conjunto dos alimentos básicos, que subiu 6,44% em São Luís, segundo maior percentual de aumento entre as 18 capitais pesquisadas. Em 12 meses, a variação foi de 6,51% e, nos 11 meses de 2018, de 6,20%.

Entre outubro e novembro de 2018, oito produtos tiveram alta: tomate (43,99%), açúcar refinado (8,75%), banana (5,84%), arroz agulhinha (4,84%), óleo de soja (2,16%), pão francês (1,65%), feijão carioquinha (1,14%) e carne bovina de primeira (0,83%). Quatro produtos apresentaram redução: leite integral (-7,29%), manteiga (-2,12%), farinha de mandioca (-1,52%) e café em pó (-1,42%).

Em 12 meses, sete produtos tiveram alta acumulada: tomate (61,66%), leite integral (20,06%), arroz agulhinha (10,59%), pão francês (4,60%), óleo de soja (4,12%), carne bovina de primeira (1,32%) e açúcar refinado (1,16%). Os outros cinco itens apresentaram redução: farinha de mandioca (-20,32%), feijão carioquinha (-17,21%), café em pó (-8,84%), manteiga (-6,73%) e banana (-5,23%).

Aumento no preço

Pelo segundo mês consecutivo, houve aumento no preço do conjunto de alimentos essenciais em 16 das 18 cidades onde o Dieese realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas foram registradas em Belo Horizonte (7,81%), São Luís (6,44%), Campo Grande (6,05%) e São Paulo (5,68%). As retrações aconteceram em Vitória (-2,65%) e Salvador (-0,26%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 471,37), seguida pela de Porto Alegre (R$ 463,09), Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87)1. Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 330,17) e Natal (R$ 332,21).

Em 12 meses, os preços médios da cesta aumentaram em todas as cidades. As taxas oscilaram entre 1,22%, em Natal, e 15,50%, em Campo Grande. Em 2018, todas as capitais acumularam alta, com destaque para Campo Grande (14,89%), Brasília (13,44%) e Fortaleza (12,03%).

Números

40,43%

Do salário mínimo do trabalhador de São Luís foi comprometido com a cesta básica em novembro

R$ 354,83

Foi o valor da cesta básica em São Luís, no mês de novembro, segundo pesquisa do Dieese

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