Cinema

Direitos Humanos nas telonas

A Mostra Cinema e Direitos Humanos reúne mais de 40 filmes que abordam diversas temáticas, em programação gratuita que vai de hoje ao dia 12 deste mês com sessões no Palacete Gentil Braga

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Cena do filme “Quilombos – Resistência”, que vai abrir a Mostra Cinema e Direitos Humanos
Cena do filme “Quilombos – Resistência”, que vai abrir a Mostra Cinema e Direitos Humanos (Documentário Quilombo)

SÃO LUÍS - São Luís sedia, de hoje até o dia 12, a 12ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos que traz como tema a Declaração Universal dos Direitos Humanos que completa 70 anos em 2018. A mostra, que ocorre nas 26 capitais do país e no Distrito Federal entre os meses de novembro e dezembro, na capital do Maranhão será realizada no Palacete Gentil Braga, Centro. A programação é gratuita e as sessões são seguidas de debates com o público.

A mostra abre hoje com a exibição do documentário “Quilombos – Resistência”, que será exibido às 17h. A obra aborda comunidades quilombolas de Penalva durante e após o processo da escravidão, quando negros e negras lutaram e resistiram intensamente. Muitos fugiram, ocuparam áreas distantes e de difícil acesso como estratégia de sobrevivência, espaços que foram batizadas de quilombos. Lá desenvolveram um modo de vida, organização social e cultura próprio.

O documentário é dirigido pelo educador, rapper e produtor cultural Jasf. Realizado no município de Penalva, na Baixada Maranhense, abrange seis comunidades quilombolas: Alto do Bonito, Tibiri, Cundurú, Santo Antônio, Oriente e Cutias. No filme, lideranças, moradores e crianças apresentam estes locais, sua cultura e as formas de articulação política que estão desenvolvendo para engajar todas as comunidades em uma luta pela vida digna. “Neste registro queremos mostrar que iniciativas de organização comunitária podem transformar a vida de muita gente. Entre as cenas do cotidiano, da cultura local e das cantigas, tem a luta de um povo que sonha por uma vida mais amena, com seus direitos garantidos e seu modo de vida respeitado”, explicou o diretor do documentário. O filme também apresenta ações e atividades da Associação Santo Antônio dos Pretos (ASA dos Pretos), fundada pelas lideranças quilombolas e composta pelos descendentes de quilombos.

Mostra

Ao todo serão exibidos na mostra 40 filmes, divididos nas mostras Temática, Panorama, Mostrinha (dedicada ao público infanto-juvenil) e Homenagem, que celebra a carreira do ator e diretor Milton Gonçalves. A mostra é uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), com realização do Instituto Cultura em Movimento (ICEM).

Os filmes abordam as diversas temáticas dos Direitos Humanos, como memória e verdade, questões de gênero, populações negra, indígena, LGBT, imigrantes, direitos das pessoas com deficiência, da criança, dos idosos, da mulher, à saúde, à educação, diversidade religiosa e meio ambiente.

Para permitir a acessibilidade, todas as sessões terão closed caption, e em sessões selecionadas haverá áudio descrição e intérpretes de Libras. Os espaços onde ocorrem as exibições também têm estrutura acessível para receber os diferentes públicos, além de contar com a programação em Braille para consulta.

A 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos é uma iniciativa da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), com realização do Instituto Cultura em Movimento (ICEM) e produção local de Nat Maciel. Em São Luís o evento será realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos.

Homenagem

O ator e diretor Milton Gonçalves, um dos mais prolíficos artistas do país com mais de 70 filmes no cinema, será o homenageado na mostra. Presente nas telas e palcos desde a década de 1950, participou da história da televisão, do teatro e do cinema brasileiros. Sua versatilidade dramática e seu talento venceram as barreiras que normalmente são impostas aos artistas negros no país.

Do artista serão exibidos cinco filmes: “Carandirú”, de 2013 e com direção de Héctor Babenco; Lúcio Flávio, que tem roteiro e foi inspirado em livro homônimo de José Louzeiro e cuja direção é assinada também por Héctor Babenco em 1977; “O Que é Isso Companheiro?”, com direção de Bruno Barreto, uma produção de 1997; “Rainha Diaba”, de Antônio Carlos da Fontora, de 1974; e “Eles Não Usam Black Tie”, um filme de Leon Hirszman, de 1981.

Serviço

O quê

12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos

Quando

De hoje ao dia 12 deste mês

Onde

Palacete Gentil Braga – Rua do Passeio, 56, Centro de São Luís

Programação gratuita

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