A requalificação da Rua Grande e do Complexo da Deodoro - com as alamedas Silva Maia e Gomes de Castro -, cujas obras estão em fase final de conclusão, marcam a consolidação de um dos mais importantes pacotes de obras para recuperar os espaços públicos nos últimos anos em São Luís. Aplausos para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pelo amplo projeto urbanístico em parceria com a Prefeitura de São Luís.

A grande indagação é se os ambulantes que durante décadas ocupavam a Praça Deodoro com as suas mais diversas atividades comerciais, destacando-se a venda de comidas, voltarão para a praça, transformando o local - que está com um visual muito bonito, digno de admiração - em um mercado persa. O que é inconcebível.

Em recente matéria em O Estado, o superintendente do Iphan, Maurício Itapary, conclamou a população a zelar pela Praça do Pantheon, conservar o espaço urbano e impedindo atos de vandalismo - a exemplo do que ocorreu há alguns anos com os bustos de importantes nomes da literatura maranhense que foram retirados dali e levados para o Museu Histórico. Agora, com as obras de requalificação, os bustos estão de volta. Fato presenciado pelo presidente da Academia Maranhense de Letras (ACM), Benedito Buzar na última sexta-feira. Para ele, a volta dos bustos ao Pantheon representa uma grande conquista para a cultura e para a população maranhense.

É importante, portanto, que as obras sejam preservadas e a população tenha opões de lazer. A Prefeitura já sinalizou que a praça contará com segurança 24 horas por meio da Guarda Municipal e apoio da Blitz Urbana.

Não restam dúvidas que as obras destacam a beleza arquitetônica da capital maranhense, transformando o Complexo Deodoro é um novo cartão-postal da cidade. Com o projeto paisagístico, o local ganhou bancos com design diferenciado, decorados por estrutura de caramanchões. A estrutura vai proporcionar beleza e sombreamento ao espaço.

Nesse contexto de obras, a requalificação da Rua Grande também é muito importante por ser o centro do comércio popular da cidade - que gera emprego e faz a economia da cidade circular. Trata-se de um grande projeto de estímulo à economia e o turismo da cidade e agora, estas áreas importantes são ainda mais valorizadas a partir das medidas urbanísticas em andamento. As obras já foram concluídas em quatro das 10 quadras e a expectativa é de que ainda neste mês outras duas quadras sejam concluídas, atingindo 60% do cronograma ainda em 2018.

Outra grande obra, entregue à população em setembro por ocasião do aniversário de São Luís, foi a revitalização da Praça Dom Pedro II, com a volta da fonte da Mãe d'Água Amazônica - que virou atração turística e cenário de registros fotográficos de quem passa pelo local. A fonte teve de volta a escultura do artista maranhense Newton Sá e ganhou iluminação funcional e artística.

E pelo que revelou Maurício Itapary, mais obras do Iphan estão previstas para São Luís. Já foi assinada a ordem de serviço para a restauração do Centro Educacional Guaxenduba e possivelmente ainda este mês para a revitalização da Praça João Lisboa, incluindo o abrigo do Largo do Carmo e a implantação de uma nova praça em frente ao Convento das Mercês. Ponto para o Iphan.

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