Aftosa

Segunda etapa de vacinação contra aftosa é prorrogada no estado

Criadores que ainda não imunizaram seus rebanhos têm até o dia 10 deste mês, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Criadores ganharam mais prazo para vacinar seus rebanhos bovino e bubalino contra a aftosa
Criadores ganharam mais prazo para vacinar seus rebanhos bovino e bubalino contra a aftosa

Ocorrência de focos de incêndio, dificultando o acesso a propriedades rurais, e problemas no sistema informatizado de controle oficial do Governo do Estado, foram fatores que levaram o Maranhão a solicitar a prorrogação da segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa. Conforme novo prazo dado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os criadores que ainda não imunizaram seus rebanhos no estado têm até o dia 10 deste mês (o prazo anterior era 30 de novembro).

Além do Maranhão, a etapa também foi prorrogada nos estados do Acre, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e no Ceará. No Amazonas, de acordo com o Mapa, a prorrogação se estenderá até dia 14.

A exemplo do que ocorreu no Maranhão, em muitos desses estados houve problemas nos sistemas informatizados de controle oficial. Mas, também, aconteceu falta de vacina, pois as revendas de produtos agropecuários adquiriram estoques menores, devido às mudanças na dosagem do imunizante previstas para o próximo ano.

O Paraná, por exemplo, recebeu quantidade de doses de vacina abaixo da necessidade do rebanho. A previsão era aplicar 10 milhões de doses e as revendas do produto fizeram estoque de apenas 8,3 milhões de unidades. O Rio Grande do Sul informou que faltam vacinas principalmente nas regionais de Erechim, Ijuí e Passo Fundo.

No Amazonas, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) informou que possui 1,3 milhão de doses, suficientes para a imunização do rebanho. Mas as autoridades sanitárias do estado alegam que precisam de mais tempo para a distribuição das vacinas.

Conforme estimativas da Divisão de Febre Aftosa (Difa) do Mapa, neste ano, devem ser utilizadas 337.713.800 doses de vacinas; em 2019, serão 308.235.501; em 2020, 269.395.197; em 2021, 155.118.834. Com a redução do uso da vacina, a partir de 2019, a economia será de R$ 44 milhões; em 2020, de R$ 102 milhões; em 2021, de R$ 274 milhões e, em 2022, de R$ 506 milhões, alcançando quase R$ 1 bilhão, sem contabilizar os gastos com o manejo envolvido na vacinação (mão de obra, cadeia de frio, transporte e outros).

A redução do uso da vacina se deve à programação de retirada gradual, o que está previsto no Plano Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA). O Brasil é considerado livre da aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O estado de Santa Catarina, que não vacina o rebanho desde 2000, é reconhecido, desde 2007, como área livre da doença sem vacinação.

Cuidados com a vacinação:

Compre as vacinas somente em lojas registradas.

Verifique se as vacinas estão na temperatura correta: entre 2° C e 8° C.

Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre.

Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação.

Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos.

Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação.

Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 5 ml. O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele.

Aplique com calma. Para evitar a formação de caroço no local da vacina.

Siga as recomendações de limpeza, utilize a agulha certa, desinfetada e trocada com frequência.

Não se esqueça de preencher a declaração de vacinação e entregá-la no serviço veterinário oficial do seu estado junto com a nota fiscal de compra das vacinas.

Número

10

De dezembro é o novo prazo para os criadores maranhenses vacinarem seus rebanhos contra a febre aftosa

R$ 44

Milhões é a economia que se deve alcançar a partir de 2019, com a redução do uso da vacina contra a febre aftosa

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