Futuro governo

Governo Bolsonaro terá 22 ministérios, garante chefe da transição

Onyx Lorenzoni confirmou a extinção do Ministério do Trabalho e fim de status de ministério para a Advocacia Geral da União e o Banco Central

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Jair Bolsonaro prometeu 15 ministérios durante sua campanha eleitoral
Jair Bolsonaro prometeu 15 ministérios durante sua campanha eleitoral (bolsonaro)

Ofuturo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou ontem que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) “bateu o martelo” e decidiu que a Esplanada dos Ministérios terá 22 pastas. Lorenzoni apresentou a estrutura ministerial durante entrevista coletiva concedida no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do gabinete de transição.
“A princípio, essa é a estrutura definitiva que o presidente bateu o martelo”, declarou aos jornalistas o ministro da transição.
Lorenzoni reafirmou que o Ministério do Trabalho perderá o status de ministério e terá suas atribuições divididas entre Justiça, Economia e Cidadania. Ele já havia antecipado a informação na manhã de ontem, em uma entrevista à Rádio Gaúcha.
Ele explicou ainda que Advocacia Geral da União (AGU) e Banco Central terão "ministros transitórios". O Banco Central perderá o status no momento em que o Congresso Nacional aprovar a independência do órgão.
No caso da AGU, o governo pretende aprovar uma emenda constitucional para garantir foro privilegiado ao chefe da instituição. Assim, não seria preciso manter o status de ministério.
Atualmente, o governo Michel Temer tem 29 ministérios, cálculo que inclui Advocacia-Geral da União (AGU) e Banco Central.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro havia dito que, se eleito, o número de pastas seria reduzido a "no máximo" 15.
Palácio do Planalto
Em meio à entrevista, Onyx Lorenzoni explicou a divisão de tarefas dos quatro ministérios que ficam no Palácio do Planalto: Casa Civil, Secretaria de Governo, Secretaria-Geral da Presidência e Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A Casa Civil responderá, segundo Lorenzoni, pela coordenação dos programas do governo, com a subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) e articulação com o Congresso Nacional.
O futuro ministro explicou que “um time” de ex-deputados e ex-senadores cuidará do relacionamento com a Câmara e o Senado.
A Secretaria de Governo cuidará da relação com estados e municípios e do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), o programa de concessões e privatizações do governo federal.
A Secretaria-Geral da Presidência terá na sua alçada a Secretaria de Comunicação da Presidência e cuidará de assuntos sobre modernização do Estado, informou Lorenzoni.

Comunicação
Na estrutura apresentada por Lorenzoni, a comunicação do governo será dividida. Será criada um "assessoria especial" para cuidar especificamente da comunicação de Bolsonaro.
Redes sociais do presidente, por exemplo, serão administradas nesta nova assessoria, que não ficará dentro da atual Secretaria de Comunicação (Secom). A Secom ficará na Secretaria Geral e manterá, entre outras atribuições, os contratos de publicidade do governo federal.

Base aliada
Lorenzoni projetou que a base do governo de Bolsonaro poderá chegar a 350 deputados federais e, neste momento, a pouco mais de 40 senadores.
Segundo o futuro chefe da Casa Civil, o governo não cobrará fidelidade em todas as votações no Congresso, pois respeitará questões de "foro íntimo" e dos setores que integram a base do parlamentar.
“Vamos ter uma atenção muito grande com a base de cada parlamentar. Não vamos usar o fechamento de questão para trazer deputados para a base”, declarou.
O parlamentar que votar na maior parte dos projetos com o governo será considerado da base.
"Quando dá para votar, ok. Quando não dá, explica", disse Lorenzoni.
O futuro chefe da Casa Civil destacou que será criada “uma nova fórmula” de articulação, o que excluirá o "toma-lá-dá-cá".

Os 22 ministérios de Bolsonaro

Casa Civil: Onyx Lorenzoni
Economia: Paulo Guedes
Gabinete de Segurança Institucional: general Augusto Heleno
Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes
Justiça: Sérgio Moro
Agricultura: Tereza Cristina
Defesa: general Fernando Azevedo e Silva
Relações Exteriores: Ernesto Araújo
Banco Central: Roberto Campos Neto
Controladoria Geral da
União (CGU): Wagner Rosário
Saúde: Luiz Henrique Mandetta
Advocacia Geral da União (AGU): André Luiz de Almeida Mendonça
Secretaria Geral da
Presidência: Gustavo Bebianno
Educação: Ricardo Vélez Rodríguez
Secretaria de Governo: general Carlos Alberto dos Santos Cruz
Infraestrutura: Tarcísio Gomes de Freitas
Desenvolvimento Regional: Gustavo Canuto
Cidadania: Osmar Terra
Turismo: Marcelo Álvaro Antônio
Minas e Energia: almirante Bento
Costa Lima
Meio Ambiente: a definir
Direitos Humanos: a definir

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