Estado do Samba

Serrinha do Maranhão: Sambando com Iaiá

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Serrinha chega na TV O Estado agitando com sucesso, que é sua marca. Acompanhado por Mauricio no tantam e Cavila no cavaquinho, encanta o estúdio, interpretando samba de Josias filho.

JM – Antes de mais nada, parabéns Serrinha pela passagem do seu aniversário, comemorando hoje, neste dia de gravação do Estado do Samba.

SM – Obrigado João, hoje completo 59 anos de vida e 39 anos cantando na noite. Particularmente é uma satisfação imensa cantar. O cantar pra mim não tem explicação, é como amor pela família. Estou há tantos anos na noite, mas, cantando da mesma forma que quando comecei. Pra mim sempre parece a primeira vez, com a mesma vontade e o mesmo empenho. Pra ter uma ideia, quando nasci uma senhora disse a minha mãe que eu seria cantor, acreditei (risos). Ainda pequeno em Penalva, minha cidade natal, eu já fazia planos para ensaiar, mesmo nervoso, com uma banda de baile local. Sempre ouvi qualquer tipo de música, mas, quando ouvi Martinho da Vila, ali soube que era o samba, meu caminho.

JM – Quando começou seu reconhecimento no cenário nacional?

SM – Voltei do Rio de Janeiro, depois de um mestrado em Samba, de 1984 a 1987, onde tive a oportunidade de estreitar conhecimentos com diversos nomes, como Marquinhos da Mirandela e Jorge Aragão, que terminou virando uma grande amizade, inclusive, quase foi padrinho de meu casamento (lembra e canta a música que Jorge apresentou para ele gravar). Perguntou se eu havia gostado. Eu respondi que sim, mas preferia gravar Na Palma da Mão com a sua participação, e, virou o sucesso que está aí até hoje (mostra um trecho da música). Fomos os primeiros a trazer nomes como o dele, Arlindo Cruz, Lecy Brandão e outros. Acredito sempre que devemos unir as forças trocarmos informações, novos com antigos, e, todos juntos em prol do bom Samba. Não tenho nada contra quem faz esses pagodinhos de hoje em dia, até gosto de me informar, mas não é minha praia, sou defensor do verdadeiro samba, pois, as ondas passam e o que tem base é firme, é pra sempre.

JM – Fala um pouco sobre seus discos.

SM – O primeiro foi uma produção do Gordo Elinaldo com o Grupo Serrinha e companhia, Murilo Rego fez a produção do segundo, e para esse terceiro, chamei Wendel Cosme, pra mim, hoje em dia, um dos mais competentes produtores musicais, com fortes contatos, no Rio, com Prateado e Mauro Diniz. Regravei Reconvexo, também Martinho, Roberto Ribeiro e nomes maranhenses como Josias Filho, César Teixeira, Zeca Melo e outros, sempre mesclando. E vem ai o CD do Sama de Iaiá, com interpretações não só minhas e de Chico Chinês, mas, também dos nossos companheiros da banda.

JM – Já que citou, vamos falar desse grande sucesso de público.

SM – Começamos a quatro anos no BASA e de lá, rápido, mudamos pra onde estamos hoje e nasceu com a vontade de reviver o clima da época do Grupo Magia, no São Francisco, nos anos 1980. Hoje, um tremendo sucesso, forçando as vezes, limitar a entrada, devido à grande lotação. Conosco estão tocando, Mauricio (Percussão), Cavila (cavaco), Gilbert (pandeiro), Macaé (repique), Gonçalo (surdo), Clayton Canhoto (Violão) e eu e Chico Chinês fazendo as honras.

Obrigado de verdade, ao amigo Serrinha, pela honra de sua participação no Estado do Samba. Não esqueça que, hoje, dia 1º, sábado, tem Samba de Iaiá especial, com a comemoração de seu aniversário, a partir das 17h.

No encerramento, na TV O Estado, samba da melhor, Ao seu lado sonhando em ser feliz. Assista matéria completa de forma digital também nas redes sociais.

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