Campanha

Dezembro Laranja reforça prevenção ao câncer de pele

Sociedade Brasileira de Dermatologia promoverá campanha neste mês, no Maranhão, tendo como tema “Se exponha, mas não se queime”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

SÃO LUÍS - O câncer de pele é o tipo mais frequente da doença, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos do Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por esse motivo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está trabalhando na conscientização pública, objetivando reduzir o número de casos.

O ano de 2018 marca a vigésima campanha “Dezembro Laranja”, iniciativa apoiada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB), para alertar a população sobre prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento da doença no Brasil.

Com o tema “Se exponha mas não se queime”, fazendo um trocadilho entre a exposição solar e a exposição nas redes sociais, a SBD estará presente no Facebook e Instagram, com orientações gerais sobre esse tipo de câncer.

Segundo Eduardo Lago, médico dermatologista e coordenador da campanha na capital maranhense, também serão realizados atendimentos e cirurgias no Hospital Carlos Macieira das 9h às 15h deste sábado (1º). A realização de outros eventos em outras unidades de saúde será feita ao longo do mês.

Em todo o Brasil, cerca de quatro mil médicos dermatologistas e voluntários somam forças para a prestação de atendimento e esclarecimento quanto à importância de adotar medidas preventivas. São 132 postos de atendimento em diversos estados reforçando a campanha. “O câncer de pele é o tipo mais frequente e a exposição ao Sol é o principal fator desencadeante.

Assim, uma campanha chamando a atenção para a fotoproteção evita o desenvolvimento desta grave enfermidade”, explica Eduardo Lago.

Estão inclusas nessas medidas fotoprotetoras ações básicas, como: evitar os horários de maior incidência solar (10h às 16h); utilizar chapéus de abas largas, óculos para sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. Também deve ser adotado o uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30.

Residência em dermatologia

A dermatologia é uma especialidade médica cuja área de conhecimento se concentra no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças e afecções relacionadas à pele, pelos, mucosas, cabelo e unhas. Também é indicada para atuação em procedimentos médicos estéticos, cirúrgicos, oncológicos.

No Brasil, a especialidade vem em uma crescente onda de procura por futuros médicos, para ser feita como especialização.

Em São Luís, inclusive, há uma residência médica em dermatologia. “Foi iniciada em 2017, sendo a única do estado. Tem crescido, tornando referência para todo o estado o serviço de dermatologia do Hospital Carlos Macieira. Essa especialização é voltada para ensino e pesquisa, elevando cada vez mais o nível da dermatologia em nosso estado”, acrescenta o Dr. Eduardo Lago, que também é coordenador da residência.

Câncer de pele em números

Para o biênio 2018/2019, a estimativa é que o número de câncer da pele não melanoma seja de 165.580 mil novos casos. Um dado novo deste período é que, em relação à última estimativa do Inca (2016/2017), a doença acometerá mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil). Outro dado é que a estimativa de novas ocorrências de câncer da pele não melanoma diminuiu em 10 mil casos de um biênio para o outro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no ano 2030, existirão 27 milhões de casos novos de câncer, 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer. O maior efeito desse aumento incidirá em países em desenvolvimento. No Brasil, o câncer já é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das do aparelho circulatório.

O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular - chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente.

Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa. O câncer pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita.

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