COLUNA

Bastou uma chuva…

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

A chuva forte que caiu sobre a Ilha de São Luís na madrugada de sexta-feira deixou rastros de destruição e transtornos em vários pontos da capital, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar.
A exemplo do que a população já tem testemunhado em anos anteriores, trata-se de uma prova inequívoca de que os serviços públicos oferecidos não conseguem resolver os problemas que se repetem ano após ano em toda a Ilha.
Alagamentos, danificação de asfalto, bueiros abertos e entupidos, deslizamentos de terra em áreas de risco, acúmulo de lixo em vias públicas, trânsito bloqueado em algumas das principais vias dos quatro municípios e a impossibilidade de o cidadão deixar o seu imóvel para seguir uma rotina normal de trabalho e/ou estudo, são alguns dos problemas mais comuns registrados.
No Parque Vitória, por exemplo, onde o governador Flávio Dino (PCdoB) entregou no dia 11 de junho do ano passado a obra de urbanização do bairro, com gastos de mais de R$ 3 milhões com a drenagem profunda, construção de sarjeta, meio-fio e recuperação asfáltica da principal via de acesso à comunidade, houve alagamento e muito transtorno com a chuva de sexta-feira. Alguns trechos ficaram intrafegáveis.
E o curioso é que o fim dos alagamentos no local havia sido uma das propostas da obra com a construção de sarjetas e bueiros.
Na região do Beira-Rio, em Paço do Lumiar, na Estrada de Ribamar, na principal via da Cidade Operária, no Aaraçagi, na Raposa, no Cohatrac e na região do Coroadinho, também houve alagamento.
Pelo menos um carro ficou submerso na água, na área da Maioba.
Em São José de Ribamar o asfalto cedeu e um ônibus ficou preso num buraco.
Muitos problemas, para uma única chuva forte. E vem mais aguaceiro por aí.

Caos
O anúncio de greve dos médicos que atuam nas unidades de Saúde da rede estadual, é apenas o início de uma crise profunda no setor, que enfrenta graves problemas estruturais.
Os profissionais da Medicina reclamam do atraso no pagamento de salários acumulado desde o mês de setembro.
O secretário de Saúde, Carlos Lula, tem um problema e tanto nas mãos e, até então, não sinalizou com uma resposta contundente à categoria.

Penalizou
O atraso de salários de pelo menos três meses é, na ótica dos médicos, uma expressão da desvalorização pela qual é submetida a categoria dos profissionais da Saúde no Maranhão.
Além disso, há o problemas de condições de trabalho nas UPAs e nos hospitais regionais construídos no Programa Saúde é Vida, com falta de materiais básicos nas unidades.
Para médicos que enfrentam o dia a dia nas unidades de saúde, o setor está na UTI.

Última cartada
O presidente da Famem, Cleomar Tema, busca as últimas cartadas para tentar consolidar a sua reeleição no comando da entidade.
Pressionado por um grupo de prefeitos e pelo governador Flávio Dino, que cogita um nome de consenso na federação, ele anunciou agenda com representante do futuro presidente da República, Jair Bolsonaro.
Tenta criar um cenário - já no fim do mandato -, de alguém que está atento às reivindicações dos gestores municipais.

Escola sem partido
Membros do Movimento Brasil Livre (MBL) no Maranhão preparam uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Vereadores de São Luís.
O objetivo é pressionar os parlamentares a colocarem em pauta projeto de lei do vereador Chico Carvalho, que trata do projeto “Escola Sem Partido”.
A proposta foi retirada de pauta no ano passado e tramita na Comissão de Educação da Casa. O relator da matéria, vereador Ricardo Diniz, é a favor do projeto.

Não quer ficar
Circula nos bastidores da política a informação de que o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, já manifestou ao governador Flávio Dino o desejo de deixar a pasta.
Para o lugar do advogado, Dino já cogitou o nome de Helena Duailibe.
Lula, porém, tem outro problema: se deixar a pasta, perde o gozo do foro privilegiado.

Suspensa
A força-tarefa que apura o assassinato do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Paiva, suspendeu as oitivas até a próxima semana.
Os delegados que compõem a força-tarefa ainda precisam ouvir seis pessoas, para poder concluir o inquérito policial.
Somente depois disso encaminhará o processo à Justiça Estadual.

DE OLHO

R$ 105,3 milhões Foi o valor destinado pela bancada maranhense no Congresso Nacional para o incremento temporário ao custeio dos serviços de assistência básica de Saúde no Maranhão.

E MAIS

• A chuva da madrugada de sexta-feira também provocou alagamento e interdição de trechos da Avenida Litorânea.

• O governador Flávio Dino lamenta diariamente em seu perfil em rede social a saída dos médicos cubanos do Brasil, mas não comenta a situação dos médicos no Maranhão.

• Prometida na campanha de 2012 e reafirmada no pleito de 2016, a obra de construção de uma maternidade na Cidade Operária jamais avançou.

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