Projeto "Escola sem partido" volta a causar polêmica na Câmara de São Luís
Autor da proposta, vereador Chico Carvalho pediu que a matéria fosse inserida na ordem do dia, mas teve pedido negado pelo presidente da Casa, Astro de Ogum
O projeto de lei "Escola sem partido" voltou causar polêmica na Câmara Municipal de São Luís na manhã desta quarta-feira, 28. O autor da proposta, vereador Chico Carvalho (PSL), fez requerimento verbal pedindo a inclusão da proposta na pauta. Pedido foi negado pelo presidente da Casa, vereador Astro de Ogum (PR).
A decisão de Ogum de não incluir a projeto de lei "escola sem partido" em pauta acabou gerando indignação em parlamentares na Câmara. Além do autor da proposta, outros vereadores decidiram se retirar do plenário em sinal de protesto.
"O plenário é soberano, senhor presidente. há um requerimento meu e deve ser apreciado", disse Carvalho.
Mesmo assim, o pedido foi negado pelo presidente da Casa.
Polêmica - Antes de deixar o plenário, vereadores debateram sobre a proposta. Os parlamentares que declararam apoio a então candidato de Jair Bolsonaro (PSL) defendem a ideia de escola sem partido.
"Somos a favor da família. Escola deve ensinar é Português, Matemática", afirmou Chico Carvalho.
A proposta da Escola sem partido foi apresentada ainda ano passada na Câmara de São Luís. O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Educação da Casa, na época presidida por Ricardo Diniz que era filiado ao PCdoB do governador Flávio Dino.
A posição favorável de Diniz acabou levando o partido a convidá-lo a deixar os quadros de filiados.
Após expulsão de Ricardo Diniz, o projeto acabou saindo de pauta já que gerou polêmica e, em comum acordo, os vereadores decidiram aprofundar o debate.
Contra
Um dos vereadores que é contra a proposta é o petista Honorato Fernandes. Segundo ele, a proposta é uma ameaça à liberdade de expressão.
O parlamentar já se posicionou em suas redes sociais a respeito da polêmica na manhã desta quarta-feira, 28, na Casa.
"Sabemos da polêmica que gira em torno do projeto, pela ameaça que ele representa à liberdade de cátedra dos professores, do exercício de pensamento crítico e da consciência cidadã", disse Fernandes.
Os vereadores estão, neste momento, reunidos a portas fechadas para tratar da polêmica.
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