ITAPECURU-MIRIM - O Poder Judiciário adiou para o dia 10 de dezembro deste ano o julgamento dos policiais militares José Evangelista Duarte Santos, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado. Eles seriam julgados pelo assassinato do prefeito de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin; e tentativa de homicídio contra Pedro Pereira de Albuquerque, o Pedro Pote, crimes ocorridos no dia 6 de março de 2007, no povoado Cigana, em Itapecuru-Mirim.
A magistrada Mirela Freitas, titular da 2ª Vara da Comarca de Itapecuru-Mirim, adiou o júri, que seria realizado na sede da Câmara Municipal de Itapecuru-Mirim, acatando o pedido dos advogados da defesa. Os advogados pediram mais tempos para analisar o processo que têm mais de três mil laudas e ainda solicitaram a intimação de mais testemunhas.
O processo está tramitando na 2ª Vara da Comarca de Itapecuru-Mirim. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), os réus praticaram o crime a mando de terceiros, que tinham o interesse em se beneficiarem de esquema de corrupção existente no município de Presidente Vargas. O crime foi motivado em razão do controle político de Presidente Vargas e do uso indevido de dinheiro público.
O MP também denunciou que com a morte de Bertin os mandantes seriam beneficiados. Após o assassinato, o presidente da Câmara de Vereadores assumiria a gestão da cidade e colocaria em prática um esquema de corrupção. Após a análise da denúncia, o Poder Judiciário de Itapecuru decidiu, diante da existência de materialidade e indícios suficientes de autoria do crime, pronunciar os três executores para serem julgados pelo Júri Popular.
Ação criminosa
Consta no inquérito policial e na denúncia do Ministério Público que, por volta das 22h45 do dia 6 de março de 2007, no povoado Cigana, zona rural de Itapecuru-Mirim, Bertin e Pedro Pote, que estavam em um veículo S-10 de placas HPI-4779, foram parados por outro carro, no qual estavam os criminosos.
Os criminosos trancaram a caminhonete que era conduzida por Bertin, obrigando-o a parar. Em seguida, eles mataram o prefeito com um tiro na cabeça e ainda travaram uma luta corporal com Pedro Pote, que foi esfaqueado no abdômen e na cabeça.
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