Investimento

Investimento social da Vale: entenda como funciona

O diretor de Sustentabilidade da Vale João Coral explicou em entrevista exclusiva a O Estado como acontece esse investimento, os critérios definidos pela mineradora para apoiar, o processo de análise e os canais de comunicação.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
João Coral, diretor de Sustentabilidade da Vale
João Coral, diretor de Sustentabilidade da Vale (João Coral, diretor de Sustentabilidade da Vale)

A Vale apresentou no último dia 21 os resultados do balanço de sua atuação no Maranhão no terceiro trimestre de 2018. O destaque foram os investimentos sociais voltados a gerar trabalho e renda nas comunidades vizinhas ao porto e à Estrada de Ferro Carajás. Foram investidos R$ 1 milhão entre os meses de julho e setembro beneficiando cerca de 1.300 pessoas, em 46 comunidades localizadas em 13 municípios maranhenses. De janeiro até agora, incluindo os projetos da Fundação Vale, a mineradora investiu mais de R$ 18 milhões de reais na área social, beneficiando cerca de 5 mil famílias.

O diretor de Sustentabilidade da Vale João Coral explicou em entrevista exclusiva a O Estado como acontece esse investimento, os critérios definidos pela mineradora para apoiar, o processo de análise e os canais de comunicação.

A Vale investiu mais de R$ 18 milhões nas comunidades que vivem próximas à ferrovia e ao porto. Que resultado isso trouxe para a empresa?

É um retorno imensurável ver comunidades se desenvolvendo e melhorando de vida a partir de sua própria força de trabalho com o apoio da Vale. É isso que a gente vê nos projetos de geração de emprego e renda apoiados pela empresa. Quando você olha o exemplo da Coopvila, na Vila Maranhão em São Luis, faturando 140 mil por ano depois de terem sido carvoeiros com renda mensal de 200 reais, a gente tem certeza que está no caminho certo.

A responsabilidade social é parte da estratégia de negócio da Vale, faz parte da nossa política de atuação e é tão importante quanto transportar e embarcar minério. Em cada localidade, nossa relação de vizinhança é de longo prazo, por isso precisa ser pautada pelo diálogo e ser sustentável. E não tem a ver apenas com o investimento social, inclui a gestão de impactos, a formação de parcerias estratégicas, articulação em rede e ações alinhadas às políticas públicas. Na Vale, um dos valores tem a ver com crescer e evoluir juntos. É isso que a gente faz no dia a dia.

Que projetos vocês apoiam e quais ficam de fora?

Como toda empresa, a Vale estabelece critérios de priorização com base em: proximidade das operações; eixos específicos e viabilidade técnica e financeira. Anualmente, a gente define quais projetos serão apoiados, a partir da disponibilidade de recursos, priorizamos as demandas das comunidades vizinhas. Os eixos trabalhados pela Vale são: saúde, educação e geração de trabalho e renda. Infelizmente não dá para apoiar tudo que chega. Muitas vezes são demandas relacionadas ao poder público e nesses casos a gente esclarece os papéis.

Qual é o passo a passo para conseguir o apoio?

Os projetos são apresentados em reuniões de diálogo realizadas pela Vale com as comunidades vizinhas. Temos uma equipe de profissionais dedicados a esse processo de diálogo e mobilização.

Depois que a demanda é recebida, apoiamos na elaboração da proposta com as informações básicas para a análise e depois da aprovação, iniciamos a implantação do projeto. Isso é feito de forma participativa entre empresa, parceiros e comunidade. Os parceiros são as organizações com competência técnica para implementar o projeto, de acordo com a demanda apresentada. Atualmente, as associações comunitárias, uniões de moradores e organizações não-governamentais locais tem sido importantes parceiros da Vale. Há vários projetos desenvolvidos com o Sebrae, por exemplo. Além das equipes de campo, os interessados podem enviar as demandas no site da Vale por meio do canal Fale conosco. O site da Vale é www.vale.com Todos são analisados e recebem uma devolutiva.

Demora muito?

Não. Depois que os projetos são recebidos, costumamos analisa-los em até 7 dias, mas pode ocorrer antes.

Como vocês administram as demandas que não são atendidas?

As demandas por investimento em projetos sociais são todas consideradas e registradas. E, caso não se enquadrem nos critérios de priorização nós informamos isso na resposta, orientando o solicitante a buscar outras formas de apoio. Como toda a empresa, existe um orçamento e as prioridades e não podemos fugir disso. Importante destacar que o investimento social da Vale é um dos maiores do Maranhão. Este ano foram quase 18 milhões de reais. Desconheço uma empresa que faça tanto assim nessa região.

A gente observa que algumas vezes a comunidade invade a ferrovia alegando falta de apoio daVale. Como vocês lidam com isso?

Importante esclarecer que o bloqueio nunca é a melhor forma de chamar a atenção da empresa, porque representa um risco de acidente e é crime, previsto na lei. Você sabia que muitas vezes a paralisação das operações não tem nenhuma relação com a Vale? A grande maioria está relacionada ao poder público e não podem ser assumidas por nós. Quando tem a ver com a gente, quando está relacionada à nossa operação, a gente busca entender os motivos e por meio do diálogo resolver o impasse rapidamente. Para evitar esse tipo de situação, nossas equipes vivem o dia-a-dia das comunidades, visitam, reúnem e informam sobre nossa atuação com regularidade.

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