COLUNA

Na hora dos cortes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

As previsões de cortes de gastos já vão se concretizar. Depois de semanas organizando uma medida de redução, o governador Flávio Dino (PCdoB) já tem um decreto que vai oficializar a diminuição de despesas com aluguel de imóveis e de carros, diárias, combustível, passagens aéreas e telefones. Além disso, as secretarias de governo já iniciaram negociação com fornecedores para pagamentos atrasados e do que ainda vai vencer.
A iniciativa de Dino é uma necessidade para que o Estado não entre em colapso, já que as previsões das finanças da gestão são preocupantes.
Mesmo depois de receber mais de R$ 2 bilhões em recursos do BNDES, mais de R$ 1 bilhão em empréstimos contraídos, além de R$ 1 bilhão em recursos do Fundo Estadual de Aposentadoria e Pensão (Fepa) e incremento de receita após dois aumentos de impostos - inclua-se ainda verba vinda da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) - o governo sofre com falta de dinheiro para manter a máquina pesada construída nos últimos quatro anos.
O Estado tem uma folha chegando a 43% e somente R$ 200 milhões em caixa para pagar, em 2019, R$ 2,4 bilhões em proventos de servidores aposentados e também de pensões. Veículos nacionais mostraram que o Maranhão está na lista dos estados do Brasil com dificuldade de pagar o 13º salário dos servidores até dia 20 de dezembro.
Em suma, talvez os cortes iniciais que Dino determina possa reduzir o problema. Uma máquina menor, com menos custos, folha de pessoal mais enxuta e aplicação correta dos recursos talvez ajude o governador do Maranhão a evitar o caos nas contas do governo.

Não faltou
Decretar cortes de gastos é uma saída correta para evitar problemas maiores nas contas do Estado.
O problema é que o governador Flávio Dino atribui a necessidade de cortes a perdas de caixa na ordem de R$ 1,5 bilhão.
Vale lembrar que o governado atual herdou um Estado saneado em suas finanças, dinheiro em caixa e durante quatro anos teve recursos federais repassados com valores maiores que os registrados na gestão anterior.

Destino
O destino partidário de deputados federais que se elegeram por partidos que não alcançaram as cláusulas de barreira ainda vem sendo discutido.
Márcio Jerry e Rubens Júnior, do PCdoB, por exemplo, apostam na fusão com siglas que não ameacem o nome de sua legenda e nem o comando no Maranhão.
Já Eduardo Braide e o pastor Gildenemyr, do PMN, estão em negociação de seus destinos. O primeiro pensa na legenda que o viabilize em 2020 e não o prenda a um segmento da sociedade.

Conversas
O pastor Gildenemyr mantém conversa com o PSL, partido que ele chegou a ser convidado a ingressar para disputar as eleições à Câmara dos Deputados este ano.
Segundo o deputado federal eleito, ele busca uma sigla que represente o que ele defende como, por exemplo, a família.
Sobre a ida para o PSL, ele disse à coluna que mantém diálogo com a direção nacional sem “estar jogando alto”. “Estou em busca de um partido que represente o que defendemos e para honrar, com trabalho, os votos que conseguimos na eleição”, afirmou.

Vitória
O advogado Thiago Diaz conseguiu a vitória na disputa pela presidência da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil.
Diaz foi reeleito e mais uma vez derrotou o grupo apoiado pelo governador Flávio Dino dentro da entidade. Em 2015, ele ganhou de Valéria Lauande e agora de Carlos Brisssac.
Thiago Diaz, que ficará na presidência da Ordem por mais três anos, disse que o resultado é um sinal de que os advogados do Maranhão aprovaram sua primeira gestão.

Reeleito
O desembargador Cleones Cunha foi reeleito, por aclamação, vice-presidente do Colégio de Corregedores Eleitorais.
A reeleição aconteceu durante a realização do XLIV Encontro do Colégio, que reuniu todos os corregedores da Justiça Eleitoral, no Rio de Janeiro, nos dias 22 e 23 de novembro.
Cleones Cunha está afastado de suas funções de corregedor eleitoral até a diplomação dos candidatos eleitos. O afastamento do magistrado ocorreu porque ele teve parente disputando as eleições de outubro.

Suspeita
Após ter contrato suspenso pelo TCE por suspeita de irregularidade, a Prefeitura de Paço do Lumiar, comandada por Domingos Dutra (PCdoB), emitiu nota em que tentou passar à sociedade que a decisão prejudicaria a população do município.
De acordo com a nota, o tribunal suspendeu pagamento de empresa contratada para serviços de infraestrutura, o que não é verdade.
O contrato que teve pagamento suspendo era para locação de veículos e equipamentos que seriam usados para serviços de infraestrutura. Ou seja, por R$ 6,4 milhões, a empresa forneceria 16 caminhões, 16 máquinas e uma carreta. Os serviços seriam feitos por outra empresa.

DE OLHO
R$ 60 milhões era o valor do empréstimo que o prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), queria contrair. No entanto, não conseguiu, porque a autorização para a transação foi negada pela Câmara de Vereadores da cidade.

E MAIS
• Lembrando que o TCE suspendeu o pagamento porque a empresa contratada por Domingos Dutra não dispõe dos veículos e equipamentos previstos no contrato.

• A Câmara Municipal vai dar posse, na segunda-feira 26, ao prefeito eleito Edvan Brandão (PSC) e à vice-prefeita Graciete Lisboa.

• Eles foram eleitos no dia 28 de outubro durante o pleito suplementar, após o indeferimento do registro de candidatura de Zé Vieira (PP) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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