Derrota

Juiz bloqueia medida de Trump que limitava pedidos de asilo

Magistrado do distrito de San Francisco emitiu a ordem de restrição temporária de regulação do asilo que entrou em vigor imediatamente e vai até 19 de dezembro

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Presidente Donald Trump pretendia limitar a liberação dos imigrantes
Presidente Donald Trump pretendia limitar a liberação dos imigrantes (Trump)

Washington - Um juiz federal dos Estados Unidos bloqueou a recente medida do presidente Donald Trump que visava proibir as solicitações de asilo aos imigrantes que cruzem ilegalmente a fronteira com o México. O magistrado do distrito de San Francisco, Jon Tiger, emitiu, ontem, uma ordem de restrição temporária da regulação do asilo, que entrou em vigor imediatamente e que se estenderá pelo menos até o próximo dia 19 de dezembro, informou a imprensa americana.

Para essa data, o juiz convocou uma audiência para decidir se emite uma ordem judicial mais duradoura, segundo explicou a emissora CNN - Cable News Network. No último dia 9 de novembro, Trump mandou proibir - pelo menos durante 90 dias - as opções para solicitação de asilo na fronteira sul a quem entrasse no país de forma irregular.

Segundo a proclamação presidencial, a limitação poderia ampliar-se até a assinatura de um acordo com o México, que permita aos EUA deportar diretamente ao seu vizinho do sul os imigrantes que cruzam a fronteira ilegalmente. A ordem de Trump foi muito criticada por grupos de direitos humanos, que consideraram que violava as leis de imigração americanas.

A decisão do juiz Tiger é divulgada no momento em que milhares de centroamericanos, incluindo centenas de crianças, viajam em caravana para a fronteira dos EUA para escapar da violência nos seus países. Alguns deles já chegaram a Tijuana, no México, na fronteira com o estado da Califórnia.

Bim Laden

Também nesta terça-feira (20), o Governo paquistanês convocou o embaixador interino americano em Islamabad, Paul Jones, para expressar "um forte protesto" pelas decepcionantes palavras do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o Paquistão de ajudar a esconder o ex-fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden.

"A secretária de Relações Exteriores (Tehmina Janjua) convocou o embaixador interino americano Paul Jones para expressar um forte protesto pelas injustificadas alegações realizadas contra o Paquistão", indicou em comunicado o Ministério de Relações Exteriores do país asiático.

Trump acusou no domingo o Governo paquistanês de ter ajudado a esconder Bin Laden em seu território e que, apesar de tê-lo entregue US$ 1,3 bilhão ao ano, não ter feito nada pelos Estados Unidos, em entrevista divulgada pelo canal de televisão "Fox News".

Janjua rejeitou a acusação e "lembrou" que "a cooperação da inteligência do Paquistão proporcionou as provas iniciais para rastrear o paradeiro" do ex-líder da Al Qaeda, morto em uma operação militar americana em 2011 no país asiático. "Essa retórica infundada é totalmente inaceitável", ressaltou a secretária.

O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, já rejeitou ontem as acusações de Trump e afirmou que os Estados Unidos usam o seu país como um "bode expiatório" pelos seus fracassos no Afeganistão.

Pouco depois dos tweets de Khan, Trump voltou a disparar contra o Paquistão na rede social. "Não pagamos mais trilhões de dólares ao Paquistão porque pegariam o nosso dinheiro e não fariam nada por nós. Bin Laden é o exemplo principal", escreveu o presidente americano na sua conta do Twitter.

Em janeiro, Washington anunciou a suspensão da maior parte da ajuda de segurança ao Paquistão até que Islamabad "tome medidas decisivas" contra grupos terroristas como os talibãs, que "desestabilizam a região e ameaçam pessoas dos EUA".

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