COLUNA

Hora do diálogo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Ao que tudo indica, o governador Flávio Dino decidiu deixar a política partidária de lado e assumir o papel de gestor, de representante dos maranhenses no Poder Executivo. O comunista vai ao Fórum de Governadores do Nordeste que incialmente teria a presença do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), mas agora foi substituído pelo futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro.
De fato, a situação não é das mais confortáveis. Primeiro porque a Região Nordeste deu a maioria dos votos para Fernando Haddad e, claro, devido a atuação dos governadores dos estados da região.
Outro desconforto se deve à posição política da maioria dos governadores que faz parte da esquerda.
Já o último desconforto atinge diretamente o governador do Maranhão que decidiu - claro, somente no segundo turno, porque não queria perder os votos de quem estava com Bolsonaro no primeiro - atacar de todas as formas o então candidato do PSL à Presidência da República.
E para piorar, decidiu buscar atenção nacional (para tentar se firmar como uma nova liderança de esquerda no Brasil) postando em redes sociais ataques constantes ao presidente eleito. Mesmo sem respostas, Dino passou a maior parte do tempo debochando das ações de transição de Bolsonaro.
O que Flávio esqueceu é que ele é governador e agora terá de sentar à mesa do seu adversário partidário e assumir o papel de gestor. E o que se espera é que Bolsonaro também se vista desse mesmo papel e deixe as questões da esquerda e da direita de lado, para assim os dois agirem a favor do Maranhão.

Boa relação I
Flávio Dino precisa entender que o Maranhão não está em sua melhor fase quanto às fianças.
E por isso, o ideal é manter uma boa relação com o governo federal e assim buscar os recursos voluntários, principalmente, para obras, já que a verba por aqui está escassa.
Então, a decisão do comunista de ir ao encontro que terá a participação de Jair Bolsonaro já é um avanço.

Boa relação II
E não deve ser somente Flávio Dino que precisa manter uma relação amistosa com o governo federal.
A bancada maranhense no Congresso Nacional também precisa buscar o mesmo. Claro, não deixando de fazer oposição quando necessário, já que esta faz parte da democracia.
Fala-se de oposição responsável, sem ataques desnecessários e nem imbróglios que possam atrapalhar o governo de Bolsonaro.

Mais cortes
E a determinação de corte de gastos se mantém no Governo do Estado. A última que foi oficializada ocorreu na Polícia Militar.
A partir de dezembro, os policiais da reserva que estavam com contrato para atuarem na parte administrativa da PM não terão mais este contrato.
A economia deverá atingir ainda as diárias na corporação que representam, até agora em 2018, 11% dos gastos totais com diárias do Governo do Estado.

Menos homens
O fim dos contratos dos policiais da reserva representará menos policiais da ativa nas ruas.
Sem os PMs da reserva no setor administrativo da corporação, os policiais que estão nas ruas terão de compor os quadros da ADM.
Assim, serão menos policiais nas ruas. Por enquanto, o governo ainda não informou quantos homens da reserva perderão o contrato.

Votação
Os locais de votação para a eleição da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já foram definidos.
Em São Luís, serão três locais de votação, com 18 urnas eletrônicas disponibilizadas pelo TRE.
Doze urnas estarão na sede da OAB, quatro nas salas da Advocacia do Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, e duas urnas no Fórum Astolfo Serra, da Justiça do Trabalho, na Areinha, também na Sala da Advocacia.

Eleição
A eleição da OAB/MA vai acontecer na próxima sexta-feira, 23, das 9h às 17h. Em São Luís e em mais 16 subseções da Ordem.
São seis chapas na disputa e a vencedora comandará a entidade no triênio 2019/2021.
A multa por ausência injustificada à votação será de 20% do valor da anuidade de 2018.

DE OLHO
R$ 12,4 Bilhões são os gastos do governo até o momento em 2018. Deste total, o gasto com diárias somaram R$ 39,8 milhões.

E MAIS

• O presidente do PSL no Maranhão, Chico Carvalho, está em Brasília em reunião com a direção nacional. E deve participar de atividades com a comissão de transição de Jair Bolsonaro.

• Flávio Dino pensava que poderia reunir-se com o presidente eleito do Brasil Jair Bolsonaro hoje,em Brasília.

• No entanto, Bolsonaro motificou a agenda e designou Sérgio Moro para encontrar-se com os governadores do Nordeste. Dino não gostou.

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