COMPLEXO DEODORO

População se preocupa com depreciação do novo Complexo Deodoro

Segundo transeuntes, o Município deve implementar medidas administrativas para evitar que vândalos depreciem o patrimônio público revitalizado

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Para frequentadores do complexo Deodoro, o Município deve manter fiscalização rigorosa do patrimônio
Para frequentadores do complexo Deodoro, o Município deve manter fiscalização rigorosa do patrimônio (Deodoro)

As praças Deodoro e Pantheon, localizadas no centro de São Luís, ainda não tiveram obras de revitalização finalizadas e inauguradas oficialmente, porém, com mais da metade dos serviços concluídos, parte dos espaços já encontram-se abertos para o passeio público. Com grande quantidade de transeuntes na região, vários deles já aproveitaram do que foi revitalizado nas praças, contudo, a preocupação quanto à conservação também começa a surgir.

O encanto de quem caminha pela Deodoro e Pantheon revitalizadas é nítido, mas o receio com o que pode se tornar os ambientes reestruturados, com nova iluminação, normas de acessibilidade vigorantes, bancos, lixeiras e outros equipamentos aumenta ao pensar que, se o município não promover ações efetivas para conservar o conjunto patrimonial, tudo terá sido em vão.

Para o professor Leudson Coelho, que admira o serviço de revitalização realizado nas praças, a gestão da capital deve começar a se preocupar em dispor de mais fiscalização para a área que custou milhões aos cofres públicos federais. Segundo ele, os espaços devem ser preservados para fomentar o turismo da cidade.

“Acredito que uma das principais medidas que o poder municipal deva tomar para garantir que os espaços permaneçam preservados, é criar sanções para multar o sujeito que destrua ou deprecie o patrimônio público, sentindo o peso de seus atos no bolso ou até mesmo criminalmente”, ressaltou Coelho.

Contudo, em São Luís, ainda é muito visível os traços do vandalismo em várias partes da cidade, até mesmo no alto dos prédios, sejam eles públicos ou não. Basta uma parede limpa para a pichação, ou uma lâmpada no poste tornando-se o objeto perfeito para vandalizações, como destacou o estudante, de 23 anos, Gabriel Oliveira.

“Em cada parte de São Luís a gente vê o retrato do descaso, da destruição. Acredito que, caso não seja possível criar projetos de lei para intervir no mau uso dos espaços públicos por parte da população, o mínimo que o município deve fazer é conscientizar a população a mantê-los limpos e preservados, como tem que ser com as praças do Centro”, sugeriu o estudante.

Entre penalidades mais duras, como sanções que preveem multas ou que criminalizem o indivíduo depreciador do espaço público, ou ações mais simples como a de conscientização a ser realizada pelos órgãos a que competem a segurança e fiscalização de praças e outros patrimônios da cidade, para a autônoma Edilene Costa, de 37 anos, a “obrigação” principal é voltar os olhos para o que já causou tanto transtorno às pessoas nesse período de obras.

“Foi praticamente um ano de obra, de transtorno e caos no trânsito. Diante disso, a Prefeitura tem por obrigação disponibilizar mais fiscais e seguranças para essa região revitalizada, porque não é justo tanto transtorno à população por uma obra que pode ser destruída em meses caso os governantes não invistam diretamente em preservação”, frisou Costa.

Diante da preocupação da população, O Estado manteve contato com a Prefeitura de São Luís para saber o que está feito para evitar a depreciação da revitalização do Complexo Deodoro, mas até o fechamento desta edição, não obteve nenhuma resposta.

Praças
Na Praça do Phanteon, os serviços estão em fase de conclusão. foi iniciada a instalação das 71 lixeiras no trecho, sendo estruturas em aço e com grande capacidade de captação de resíduos. O conjunto de postes dessa área está em fase de instalação, assim como as lâmpadas e já foram todos testados. As obras nas alamedas Silva Maia e Gomes de Castro, que também compõem o Complexo Deodoro, estão finalizadas, segundo o superintendente do órgão, Maurício Itapary.

Na Praça Deodoro, as obras de pavimentação estão em ritmo acelerado, assim como a instalação de placas de granito e cerrado na parte central, somado à colocação de piso polido. A laje da parte superior do piso do mirante recebeu piso cerrado e concreto lapidado. As equipes atuam na área administrativa com serviços de reboco, pintura das paredes e instalação do forro.

Os trabalhos incluem serviços de drenagem, tratamento sanitário, colocação de mobiliário na área administrativa, sistema de iluminação, instalação de fiação subterrânea, de dutos de passagem de fibra ótica e sinalização, com elementos que favorecem acessibilidade.

Na Deodoro ainda em andamento a construção de 18 banheiros com fraldários e da estrutura de concreto da esplanada, uma espécie de elevação que dará nova característica urbanística ao espaço. Na próxima semana, as áreas de canteiros da praça começam a receber o conjunto de grama.

A previsão do planejamento de reurbanização do Complexo Deodoro e da Rua Grande é que esteja adequado para favorecer o comércio para as festas de fim de ano, nos dias que antecedem o Natal e o Ano Novo, quando aumenta o movimento no maior centro comercial de São Luís.

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