Tragédia

Marinha argentina afirma que submarino implodiu

O ARA San Juan que desapareceu com 44 tripulantes foi localizado a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia; Ele tinha partido no dia 13 de novembro de 2017 de Ushuaia para Mar del Plata

Agencia Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Submarino ARA San Juan, desaparecido desde novembro de 2017
Submarino ARA San Juan, desaparecido desde novembro de 2017 (Submarino)

Buenos Aires - O submarino argentino que desapareceu há um ano com 44 tripulantes foi localizado no fundo do Oceano Atlântico. A Marinha da Argentina afirmou que a embarcação implodiu.

A longa espera terminou com choro e revolta também. Uma mulher não se conformava e perguntava: ‘por que os abandonaram?’. Para as famílias dos 44 tripulantes do submarino, a notícia trouxe uma mistura de sentimentos. Alívio, por finalmente saber onde estão os parentes mortos e indignação pela interrupção do resgate, 15 dias depois que o submarino desapareceu.

O anúncio oficial de que o submarino ARA San Juan tinha sido encontrado foi feito numa rede social pela Marinha da Argentina e pelo Ministério da Defesa.

A pressão das famílias levou o governo argentino a contratar uma empresa americana para fazer as buscas. O trabalho começou em setembro. A varredura do fundo do mar foi feita com mini submarinos, equipados com sonar e operados por controle remoto.

Na sexta-feira, 16, a empresa localizou um objeto de aproximadamente 60 metros de comprimento no Oceano Atlântico, numa área de difícil acesso.

O ARA San Juan está a cerca de 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia, onde foi montado um centro de operações. Ele tinha partido no dia 13 de novembro de Ushuaia para Mar del Plata. E dois dias depois fez a última comunicação. Começou então uma corrida para que o submarino fosse localizado. Uma missão que contou a com a ajuda de embarcações e equipamentos de vários países.

Em coletiva à imprensa, representantes da Marinha disseram que o submarino ficou alojado em uma depressão, a 907 metros de profundidade. Por isso, não foi localizado pelos radares.

Ainda não se sabe se será possível retirar os restos do ARA San Juan como pedem os parentes dos 44 tripulantes. A Marinha diz que primeiro é preciso verificar o estado do casco.

O ministro da Defesa afirmou que o último contato do submarino com a base foi às 8h30 da manhã de 15 de novembro. Nesse mesmo dia, uma organização que controla testes nucleares registrou uma explosão no mesmo local às 10h51 - pouco mais de duas horas depois. O governo confirmou que o submarino implodiu.

A empresa responsável pelas buscas já se preparava para deixar aquela região. Ia interromper os trabalhos e retomá-los só em fevereiro de 2019, foi quando surgiu uma nova pista - uma imagem que chamou a atenção e fez a tripulação do navio insistir em mais buscas naquele local.

O comandante de submarino, Braga Martins, explica que o ARA San Juan pode ter implodido devido a pressão naquela profundidade. “Ele sofre um processo de implosão, mas ele ainda mantém uma parte das suas características estruturais e assim ele ainda se apresenta em uma única parte, em um único pedaço, mas a água com certeza, a essa profundidade entrou no casco resistente”.

Para as famílias, o fim do mistério, somente quando o submarino for retirado do oceano. A esposa de um dos tripulantes diz que não quer que o marido dela fique no mar abandonado. Quer ver se ele está lá dentro mesmo e a única maneira de saber a verdade sobre o que aconteceu é tirar o submarino do fundo do mar.

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