Cerco policial

Oitenta e oito veículos foram recuperados durante a operação Hircus IV

Baixada e Lençóis foram os locais onde ocorreram mais 80% das apreensões e também foram recuperados veículos no sudoeste do estado, Baixo Parnaíba, Cocais e centro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Policial Rodoviária Federal durante ação em estrada no Maranhão
Policial Rodoviária Federal durante ação em estrada no Maranhão (PRF ação rodovia estrada)

SÃO LUÍS - Um total de 127 veículos foi apreendido durante a operação Hircus IV realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil, que foi deflagrada entre os dias 31 de outubro deste ano até o último dia 11, nos estados do Maranhão e Bahia. A PRF informou que somente no Maranhão foram recuperados 88 veículos e a Baixada Maranhense e Lençóis Maranhenses foram os locais onde ocorreram mais de 80% das apreensões.

O resultado desse trabalho operacional foi divulgado ontem durante coletiva ocorrida na sede da PRF, no bairro do Tirirical, e contou com a presença dos policiais rodoviários federais, Antônio Noberto, Moreno e Jovino, como também do delegado da Polícia Civil, Guilherme Campelo. “Os veículos apreendidos durante esse cerco policial foram somente em virtude de roubo”, afirmou Antônio Noberto.

Ele ainda informou que a operação contou com mais de 50 policiais e especializados no combate a fraudes veiculares e de apoio de inteligência. No estado, as ações se deram nas cidades de Buriticupu, Bacabal, Pinheiro, Turilândia, Santa Helena, Pedro do Rosário, Presidente Sarney, Cururupu, Palmerândia, Lago da Pedra, São João Batista, Viana, Igarapé do Meio, Santa Quitéria, Brejo, Paulino Neves, Barreirinhas, Alcântara, Água Doce do Maranhão, São Bernado, Buriti Bravo, Passagem Franca, Governador Eugênio Barros, Gonçalves Dias e Governador Archer.

Resultado

Noberto ainda declarou que em Barreirinhas foi uma das cidades em que ocorreram mais apreensões de veículos no estado. Um total de 11 veículos apreendidos entre carros e motocicletas. Em segundo, o município de Pinheiro, com 10 apreensões. Também ocorreu uma grande apreensão em Paulino Neves, com oito veículos apreendidos.

Ainda de acordo com Noberto, a maioria desses veículos foi roubado no Distrito Federal, Ceará, Bahia, Tocantins e Pará. “Esses veículos tiveram a documentação falsificada e comercializada no Maranhão, por meio da rede social, atravessadores e criminosos, até mesmo a preço de mercado”, disse Noberto.

Crime

O delegado Paulo Guilherme afirmou que esse crime de fraude veicular está dividido em várias fases distintas e há vários quadrilheiros. No primeiro momento é roubo do veículo e muita das vezes ocorre com o uso da violência por parte dos bandidos.

Na segunda fase é o crime de adulteração e, de acordo com o delegado, há possibilidade de haver a participação de funcionários do Departamento de Trânsito Estadual. Nesta etapa, os criminosos conseguem trocar a identificação do veículo roubado e dos seus documentos para que pareça ser um carro regular. O veículo recebe placas de outro veículo idêntico e proprietário desse veículo passa a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado.

A última etapa é a comercialização do veículo clonado. O delegado declarou que é feita pela internet como ainda por terceiros e até mesmo em concessionárias de veículos. “O comprador do veículo clonado passar a ser mais uma vítima dessa empreitada criminosa”, explicou o delegado.

Operações

Somadas, as quatro edições da Operação Hircus resultaram na recuperação de mais de 500 veículos. A primeira edição ocorreu no estado do Piauí, em 2013, onde foram apreendidos 123 veículos com ocorrência de roubo ou furto. A segunda edição aconteceu simultaneamente nos estados do Piauí e Bahia, totalizando 164 veículos recuperados.

A Hircus III, deflagrada no Maranhão no ano passado, resultou em 105 veículos apreendidos. A edição atual soma 127 veículos recuperados nos dois estados. Somente no Maranhão, foram 88 veículos recuperados.

Saiba mais

A operação

O nome da operação Hircus se refere a caprinos presente na região do nordeste brasileiro. Na linguagem policial o “cabrito” designa um veículo de procedência ilícita: roubado, furtado, adulterado ou clonado.

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