Fogo

Foco de queimada na vegetação das dunas da Litorânea

Bombeiros tiveram que conter as chamas, que geraram outros riscos em decorrência do vento

Igor Linhares e Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Bombeiros tiveram trabalho para debelar o fogo em vegetação
Bombeiros tiveram trabalho para debelar o fogo em vegetação (incêndio)

Com o tempo seco, sem chuva e o vento, a vegetação fica mais vulnerável a incêndios e favorece os registros de queimadas nesta época do ano. Na capital maranhense, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) registrou ontem (12), um foco de queimada em uma parte da vegetação presente nas dunas da Avenida Litorânea, na orla marítima de São Luís. O fato ocorreu próximo ao Parquinho da Litorânea.

Às margens da avenida, bombeiros tentavam controlar as chamas que se espalhavam e resistiam, devido a intensa brisa, a ação realizada com abafador - equipamento utilizado pelos bombeiros para combater focos na mata. Cercada por residências e demais condomínios, o Corpo de Bombeiros recebeu diversos chamados. A principal reclamação foi da fumaça, que logo tomou conta da área por causa das rajadas de vento mais intensas.

De acordo com o capitão Lisboa, subchefe da sessão de comunicação do CBMMA, vários pontos favorecem para o registro de queimadas nesta época do ano: a estiagem e as ações humanas. “Devido a suspensão das chuvas, às altas temperaturas e ao descarte de bitucas de cigarro, por exemplo, é que situações como essa acontecem”. Mas, também, centelhas de outras áreas podem ser o fator desencadeante.

Segundo o CBMMA os bairros do Calhau e Turu são os que mais registram números de queimadas em São Luís durante o período de estiagem.

Queimadas no estado
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que a cada uma hora e meia, no Maranhão, foi registrado um foco de incêndio em outubro deste ano. Somente no período, segundo o levantamento, foram 921 registros de queimadas.

A capital maranhense registra grande número de ocorrências do gênero. Nas últimas horas, pelo menos dois casos graves foram alvo dos trabalhos do Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), que trabalha para conter a propagação das chamas.

Considerando os demais estados da federação, o Maranhão atualmente é o quinto do país em número de casos, superado apenas por Mato Grosso (16.675 casos), Pará (12.316 casos), Amazonas (10.558 casos) e Rondônia (9.946 casos). Por dia, de 1° de outubro até esta segunda-feira (22), o estado registrou, em média, 41 focos. Durante todo o ano, foi registrada uma média diária de 33 queimadas em diferentes regiões do território maranhense.

As áreas mais atingidas, ainda de acordo com o Inpe, estão localizadas no centro-leste e norte do Maranhão.

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