Obstáculo

Cruzamento perigoso entre a Av. Silva Maia e a Rua Rio Branco

Acidentes são constantes nesse ponto, de acordo com ambulantes e lojistas; ma sexta-feira, pedestre foi atropelado por um ônibus e teve uma das pernas dilacerada pelo veículo

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Esquina é considerada ponto perigoso para pedestres
Esquina é considerada ponto perigoso para pedestres (cruzamento)

São Luís – O cruzamento situado na Avenida Silva Maia, com a esquina da Rua Rio Branco, no centro de São Luís, tornou-se um obstáculo perigoso para os pedestres que necessitam atravessar na via ou transitam pelas calçadas, que são estreitas e estão com a estrutura deteriorada. Nessa região, há um intenso fluxo de veículos, os quais seguem em direção ao Terminal de Integração Praia Grande ou para bairro São Francisco, Renascença e entre outros, e uma grande quantidade de transeuntes, que se locomovem para os pontos de ônibus que têm na via.

De acordo com ambulantes que comercializam seus produtos nas calçadas do início da Rua Rio Branco, nas proximidades de uma agência da Caixa Econômica Federal (CAIXA), e lojistas, acidentes são constantes nesse ponto. “As calçadas são muito estreitas e quebradas, em decorrência disso, as pessoas se desequilibram e acabam indo para a pista. Quando não tem acidente, propriamente dito, vemos que os veículos não atropelam as pessoas por pouco. Acho que o semáforo e a faixa (na Rua Silva Maia) que tem bem perto do cruzamento, deveria ficar mais recuado. Está muito perigoso essa situação. Além disso, a caixa de fiação elétrica do sinal, que não está sendo mais utilizado, só tem a carcaça aqui, também provoca riscos de acidentes. Já vi gente batendo a cabeça”, relatou Merilene Ferreira, de 52 anos, que trabalha como vendedora em um estabelecimento comercial bem de esquina.

Na sexta- feira (9), um pedestre identificado como Elemilton Alves, de 42 anos, foi atropelado por um ônibus da empresa Taguatur, quando o veículo fazia uma conversão à direita à Rua Rio Branco. Ele estava na calçada e teve a perna dilacerada, sendo encaminhado para o Hospital Socorrão II.

O Estado constatou, na tarde, após o acidente, que havia dois guardas de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), que orientavam motoristas e pedestres que atravessavam no cruzamento, além disso uma viatura da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) marcava presença na região. “É um ponto muito crítico. Muitos acidentes. Não tem como culpar ninguém, mas os pedestres como é o lado “mais fraco” devem tomar mais cuidado, esperar o sinal fechar e atravessar. Mas o pior, são as pessoas que tentam atravessar na Rio Branco, porque não sabem se o ônibus vai virar à direita”, afirmou um guarda de trânsito que preferiu não se identificar.

“Eu transito por aqui constantemente e sempre ando com muito cuidado, porque todos percebem que é perigoso. Os ônibus quando cruzam, e alguém tiver atravessando sentido ao banco, pode haver acidentes graves ou até mortes. Faltou planejamento no local onde os pedestres deveriam atravessar. Deveria ser bem em frente a agência bancária”, sugeriu Dryelen Arouche, de 22 anos, graduanda em Serviço Social. “Deveria ter mais fiscalização aqui. Ter a presença de guarda de trânsito para sempre está orientando os motoristas e pedestres. Está perigoso. Quando acontecer algo muito ruim, vão tomar providências”, disparou o ambulante Ricardo Ribeiro, de 23 anos.

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) informou, em nota, que está trabalhando na melhoria da sinalização vertical e horizontal em ruas e avenidas de São Luís. A ação inclui pintura de faixas de pedestres e instalação de semáforos e placas sinalizadoras nos corredores de tráfego da cidade em iniciativa que integra a política de trânsito e transportes de São Luís. A SMTT informou ainda que existe um cronograma de execução de abrigos e que o local em questão está incluído.

Perigo eminente
Os passageiros que, para ficar na sombra, aguardam o coletivo do lado oposto às paradas da Rua Rio Branco, quando veem o ônibus chegando, correm para o ponto capaz de serem atropelados por algum veículo. As calçadas dessa Rua estão tomadas por comerciantes ambulantes, fato que dificulta, ainda mais, a locomoção dos pedestres, que já encontram dificuldade em razão das calçadas estreitas.

SAIBA MAIS

Em reportagem publicada no dia 25 de setembro, O Estado mostrou que passageiros reclamavam que as paradas de ônibus situadas na Rua Rio Branco não tem abrigos de proteção. Os pontos foram deslocados provisoriamente por causa das obras de requalificação das obras de requalificação das praças Deodoro e Pantheon e Alameda Gomes de Castro, no centro de São Luís.

Marquises e cobertas de estabelecimentos comerciais servem para amenizar o problema, mas não suportam a demanda de passageiros, que ficam aglomerados por toda a via. “Estou aqui aguardando o ônibus Parque dos Nobres há cinco minutos e não poderia deixar meu bebê exposto ao sol. Mesmo com esse calor, tive que agasalhar por completo, para se proteger da irradiação solar. Precisam colocar abrigos urgentemente, porque desse jeito está complicado”, relatou Rosélia Araújo durante a reportagem.

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