Julgamento

Suspeitos da morte de Bertin vão a júri popular

Eles estão sendo acusados de ter assassinado o prefeito de Presidente Vargas e de também ter tentado matar Pedro Pote, no povoado Cigana, zona rural de Itapecuru-Mirim

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin, morto em 2007
Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin, morto em 2007 (prefeito Bertin)

SÃO LUÍS - Os militares José Evangelista Duarte Santos, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado vão ser julgados pelo Júri Popular, na Câmara Municipal de Itapecuru-Mirim, no próximo dia 26 pelo assassinato do prefeito de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin; e tentativa de homicídio contra Pedro Pereira de Albuquerque, o Pedro Pote. Esse crime ocorreu no dia 6 de março de 2007, no povoado Cigana, zona rural de Itapecuru-Mirim.

Conforme a denúncia do Ministério Público, os réus realizaram esses crimes a mando de terceiros, que tinham interesse em se beneficiarem de esquema de corrupção existente na cidade de Presidente Vargas. Esses crimes ocorreram em razão do controle político do município e do uso indevido de dinheiro público.

Ainda conforme a denúncia do Ministério Público, com o assassinato do prefeito, os mandantes seriam beneficiados. Após a morte de Bertin, o presidente da Câmara de Vereadores assumiria a gestão dessa cidade e colocaria em prática um esquema de corrupção. Após a análise da denúncia, o Judiciário de Itapecuru decidiu, diante da existência de materialidade e indícios suficientes de autoria do crime, pronunciar os três executores para serem julgados pelo Júri Popular.

A Defensoria Pública, que estava encarregada da defesa dos acusados, ainda propôs a conversão do julgamento em diligência e a impronúncia dos acusados por falta de indícios suficientes de autoria delitiva ou, ainda, pela desclassificação da conduta criminosa para excluir a qualificadora. Nas alegações finais, argumentou que em momento algum da instrução processual restou demonstrada ou, ao menos indicada, a possibilidade, seja mesmo remota, de qualquer recebimento de valores por parte dos acusados ou promessa futura de recompensa.

O pedido de diligência foi desconsiderado pelo Poder Judiciário, por ter sido considerado meramente protelatório. Quanto ao crime de encomenda, a Justiça citou o fato de que, além dos réus executores do crime, também foram acusadas mais seis pessoas, apontadas como mandantes, tendo o processo sido desmembrado em relação aos últimos.

Crime

Segundo a polícia, na noite do dia 6 de março de 2007, na zona rural de Itapecuru-Mirim, o veículo S10, de placas HPI 4779, em que estavam Raimundo Aguiar e Pedro Albuquerque foi alvejado pelos criminosos. Em seguida, os acusados renderam as vítimas, tentando algemá-las uma à outra.

Bertin levou três tiros e um deles na cabeça, enquanto, Pedro Pote foi baleado no peito. Ele ainda conseguiu travar luta corporal com Raimundo Salgado e acabou sendo esfaqueado na cabeça. Os suspeitos ao perceberem a chegada de um veículo na localidade resolveram fugir.

Mais júri

A 1ª Vara da comarca de Rosário designou para quinta-feira (8) a sessão de Júri popular, que levará a julgamento Antônio Coelho Machado, Josean Serra Rego e Cleferson de Jesus Machado Vilaça pela morte de Erisvan da Silva Costa, de 12 anos; e Roberto da Luz dos Santos, de 11 anos, como também pela dupla tentativa de homicídio, ocorrido no dia 11 de agosto do ano passado, no Campo de Periz, na cidade de Bacabeira.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os réus portando arma de fogo e branca teriam atacados de forma cruel as vítimas por motivo fútil. Duas crianças foram mortas e os corpos abandonados em uma área de mangue, enquanto, as outras duas vítimas foram levadas para o hospital na capital onde passaram por tratamento cirúrgico.

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