Transtornos

Poeira gerada por obra no centro de São Luís provoca incômodo

Para amenizar os impactos gerados pela poeira, ambulantes, que não deixaram o local, utilizam máscaras e óculos; falta de espaço para transitar também causa transtornos

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Mesmo prejudicado pela poeira, Orlando Reis precisa trabalhar no local
Mesmo prejudicado pela poeira, Orlando Reis precisa trabalhar no local (poeira)

A poeira produzida em decorrência da obra de requalificação urbanística do centro de São Luís, está incomodando pedestres, ambulantes e lojistas situados na esquina da Rua do Passeio com a Rua da Paz – trecho que está interditado e recebendo serviços de pavimentação asfáltica e entre outros. Como forma de amenizar os impactos gerados pela poeira, comerciantes utilizam máscaras e óculos, para proteger os olhos. A falta de espaço para transitar nesse trecho também causa transtornos.

O artesão Edilson Costa Ramos, de 40 anos, trabalha como comerciante informal na Rua do Passeio, há mais de 20 anos. Ele contou que foi necessário adquirir uma máscara, para não adoecer. “É muita poeira durante todo o dia. Fico receoso de ficar doente, de tanto inalar poeira. Acho que o serviço está muito lento e, nós ambulantes e também os lojistas, estamos no prejuízo. Comprei uma máscara e um óculos, para proteger tanto meu nariz, como os olhos”, afirmou Ramos.

Na manhã de ontem, O Estado registrou diversos lojistas varrendo constantemente a frente das lojas, que estavam sujas. “Não só tenho que varrer sempre a frente da loja, como também limpar as mesas e os produtos, que ficam empoeirados. De cinco em cinco minutos, tenho que passar um pano úmido na mesa. Além disso, essa poeira afeta muito meus olhos. Minha vista fica irritada, e chega a lacrimejar”, explicou Ruane Ramalho França, de 25 anos, que trabalha em uma ótica na Rua do Passeio.
Operários da obra informaram que o serviço, na esquina da Rua do Passeio com a Rua da Paz, está com a previsão de ser concluído no fim deste mês. “Não tem como trabalhar aqui sem máscara. Está insuportável a situação. Quando eu não usava a máscara, eu ficava com escorrimento no nariz. Não posso deixar meu ponto, porque já tenho clientes fixos”, frisou Orlando Reis, de 52 anos, comerciante informal amolador de alicates e tesouras.

“Deveriam aguar a terra durante todo o dia, porque só assim evitaria tanta poeira, mas ninguém faz nada. Ainda bem que só venho aqui de passagem, porque se não me sentiria mais incomodada. A obra vai trazer benefícios no futuro, mas no presente está causando é problema”, disparou a pedestre Fátima Aguiar, dona de cada de 63 anos.

A requalificação urbanística da Rua Grande e seu entorno e que também contempla as praças Deodoro e do Pantheon e Alameda Gomes de Castro é realizada com recursos públicos provenientes do Governo Federal, por meio do PAC Cidades Históricas, e foi iniciada em 9 de outubro de 2017. A previsão é de que seja concluída em 8 de março de 2019. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (Iphan) é o responsável pelo gerenciamento da obra.

NÚMERO

515 dias é o prazo total da obra, com investimento total na ordem de R$ 31.404.149,59

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