Educação financeira

Educação financeira é fundamental para bem administrar os recursos

É importante que desde cedo as crianças tenham acesso à educação financeira nas escolas e sejam incentivadas pelos pais a gerir de forma responsável

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Educador Ranio Gamita dá dicas de como melhor gerenciar os recursos
Educador Ranio Gamita dá dicas de como melhor gerenciar os recursos

Planejamento de finanças ainda é uma realidade distante no Brasil, que ocupa apenas 74ª posição no ranking global do Índice de Educação Financeira de um total de 114 nações, ficando atrás de países pobres, como Madagascar, Togo e Zimbábue. O dado é da pesquisa S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey.

Outro levantamento reforça essa condição, ao apontar de cada 100 estudantes do ensino médio no Brasil, apenas três têm ideia do que seja educação financeira. Diferentemente na China, esse conhecimento chega 33 alunos. “Como se vê, esse é um aspecto que tem que ser trabalhado nas escolas, mas principalmente nas famílias”, ressalta o contador e educador financeiro, Ranio Gamita.

Sem planejamento financeiro e sem hábito de poupar (70% dos brasileiros não têm esse hábito), as pessoas acabam no descontrole de gastos, consumindo por impulso, por muitas vezes sem nenhuma necessidade, contribuindo para o aumento do endividamento. Não por acaso, o índice de inadimplência no Brasil alcançou a marca de 62% em 2017.

Mais um dado que preocupa: 6 milhões de jovens no país (27%) estão com o CPF negativados no SPC Brasil e Serasa. Sem dúvida um elevado número de jovens que estão nessa situação. “Por isso é importante que desde cedo as crianças tenham acesso à educação financeira nas escolas e sejam incentivadas pelos pais a gerir de forma responsável sua mesada, sempre orientando para a questão da poupança”, assinala Ranio Gamita.

A questão financeira é tão crucial na vida das pessoas, que segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 57% das separações na última década (considerando que a taxa de divórcio cresceu 160%) foram motivadas por esse problema e não gerenciamento correto de receitas e despesas. Ou seja, da falta de educação financeira.

Três perguntas

Diante desse quadro, o educador financeiro Ranio Gamita acentua ser fundamental o indivíduo se fazer três perguntas básicas, antes de se endividar, tendo como parâmetro o que é suficiente para si: Se eu preciso desse produto? Se eu tenho dinheiro para comprar esse produto? E se tem que ser agora? “Se alguma das respostas for negativa, não se deve adquirir o produto”, ensina.

Ranio Gamita enfatiza que é necessário se inverter um hábito já arraigado na sociedade brasileira que é primeiramente as pessoas “serem educadas” para pagar contas. Quando o correto seria receber seu rendimento, poupar primeiramente e só depois pensar no pagamento das contas.

Ele observa que para se alcançar uma poupança de mais de R$ 1.300 ao final de um ano, basta apenas que se inicie com R$ 1 na primeira semana, R$ 2 na segunda, e assim sucessivamente, até chegar a R$ 52 na última semana do ano. “Portanto, antes de investir, deve-se pensar em poupar”, reforça.

Nessa nova prática ele vem buscando sensibilizar as pessoas por meio de palestras, a exemplo da que ministrou no fim do mês de outubro, no Shopping da Ilha, com o tema “Só não poupa quem não quer”. Dia 13 de novembro, já tem nova palestra agendada no mesmo local e na mesma temática, a partir das 19h.

Mais

Por que educar financeiramente?

A implementação de um programa de educação financeira na empresa propicia uma estrutura de apoio, amparo e instrução para os colaboradores. Com esse suporte, o profissional aprende a administrar os recursos financeiros que passam por suas mãos e a respeitar o limite de seu padrão de vida.

Muitos acreditam que a solução para os problemas financeiros é ter aumento salarial ou de benefícios. Contudo, trata-se de aprender a administrar a quantia que se tem, antes mesmo de buscar mais.

Ao elaborar um orçamento financeiro que leve à conquista de seus sonhos, o profissional aprende a equilibrar as finanças e mudar seus hábitos e comportamentos, consumindo de forma mais consciente.

Um programa de educação financeira nas empresas não diz respeito a palestras de finanças pessoais ou cursos de investimentos. Trata-se de um benefício alicerçado da responsabilidade social da empresa, beneficiando funcionários, familiares, comunidade e a própria organização.

A empresa que investe em programas de educação financeira também ganha, visto que seus colaboradores trabalham com mais prazer, mais tranquilidade e buscando crescimento, pois retomam a consciência de ter objetivos.

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