Mapa da criminalidade

Violência crescente na Ilha pode ter relação com rivalidades entre facções

Auge da subida no total de mortes violentas ocorreu nos dias 19 e 21 do mês passado, segundo a polícia um dos fins de semana mais sangrentos no ano; comparando setembro e outubro, houve alta de 37,5%

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Vigilante Newton Rocha Mendes, de 57 anos, que foi morto em 20 de outubro, em uma obra, no Turu
Vigilante Newton Rocha Mendes, de 57 anos, que foi morto em 20 de outubro, em uma obra, no Turu (morte vigilante newton / Turu)

SÃO LUÍS - A violência na Região Metropolitana de São Luís apresentou elevação, de acordo com levantamento feito por O Estado, com base nos relatórios mensais divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em seu site oficial. Comparando os meses de setembro e outubro deste ano, houve uma elevação de 37,5% no número de mortes violentas, ou seja, homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, roubos seguidos de mortes e crimes após confrontos com a polícia. De acordo com a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHHP) da Polícia Civil, essa subida no gráfico criminológico pode ter relação com acirramento de ânimos entre membros de facções criminosas.

Ainda de acordo com a SSP, em setembro deste ano, foram 32 mortes violentas, sendo 29 homicídios dolosos, um roubo seguido de morte e dois óbitos em virtude de confrontos com a polícia. No mês seguinte, foram 44 mortes violentas, sendo 36 homicídios, um roubo seguido de morte e outros sete óbitos após confrontos com a polícia.

O período que mais chamou a atenção foi entre os dias 19 e 21 de outubro, quando a Grande Ilha registrou um dos fins de semana mais sangrentos no ano. Segundo o relatório da SSP, foram 16 mortes, sendo a maior parte delas com requintes de crueldade. No dia 21 do mês passado, o corpo do pastor da igreja evangélica, Jediel Pereira da Luz, de 30 anos, foi encontrado em uma via no bairro Moropóia, em São José de Ribamar. De acordo com a polícia, homens até então não identificados balearam o pastor. Ele morreu ainda no local enquanto os acusados tomaram rumo ignorado.

Ainda no período, mais duas pessoas foram assassinadas. Uma delas foi um adolescente de 17 anos. Segundo a polícia, o jovem levou vários tiros aparentemente disparados por membros de facções, no Coroadinho. Também no mesmo bairro e em outubro foi morto a tiros o jovem Alisson Vinícius Oliveira, de 19 anos. A polícia não revelou a motivação deste crime.

No dia 20 de outubro deste ano, ocorreu o assassinato do vigilante Newton Rocha Mendes, de 57 anos. Segundo a polícia, ele foi morto por arma branca no seu local de serviço, localizado na avenida General Arthur Carvalho, no bairro do Turu. Há informações de que dois homens, não identificados, teriam pulado o muro do local e praticaram essa ação criminosa. O corpo da vítima foi encontrado em uma poça de sangue.

Ainda no dia 20, mais quatro pessoas morreram. Uma delas, um adolescente, de 17 anos, na Cidade Olímpica. As outras vítimas foram identificadas como Fábio Fernandes Queiroz, de 39 anos; Ayrton César Carvalho Pereira, de 30 anos, na Vila Embratel, e Thalyson Rodrigo Pereira, de 22 anos.

Investigações
Além da rivalidade entre facções, a SHPP também justificou a onda de crimes em outubro pelo fato de ter havido a saída de vários presos durante o benefício do Dia das Crianças. A superintendência informou a O Estado, no dia 23 de outubro, que os casos seriam apurados. Até o momento, a polícia ainda não diagnosticou as causas dos crimes.

Saiba Mais

Mapa dos crimes

Segundo a SSP, em outubro deste ano, do total de crimes, a grande maioria (28 no total) foi registrada na capital maranhense. Outros cinco casos aconteceram na cidade balneária de São José de Ribamar. Por fim, três casos foram registrados em Paço do Lumiar. Em setembro deste ano, dos 32 crimes, pelo menos 29 foram na capital São Luís.

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