Solução

Balsas começam a ser retiradas do rio Mearim, em Arari

Total de quatro embarcações estariam causando riscos e comprometendo pesca; uma já foi removida por empresa e as demais devem ser retiradas, seguindo cronograma

Daniel Júnior/ O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Operação de remoção de balsa, seguindo planejamento de empresa
Operação de remoção de balsa, seguindo planejamento de empresa (balsa rio Mearim Arari)

SÃO LUÍS - Abandonadas no rio Mearim por empresas que realizaram obras na ponte ferroviária da Estrada de Ferro Carajás em 2016, quatro balsas, que estão à deriva, começaram a ser retiradas definitivamente na última semana, conforme informou a Vale. De acordo com a mineradora, uma das embarcações já foi removida e o trabalho para retirar as outras três seguirá em planejamento.

As balsas são de responsabilidade de empresas subcontratadas pela empreiteira Novus, a qual teria firmado um contrato com a Vale, para a construção da ponte sobre o rio, conforme a mineradora.

A Vale destacou, por meio de nota, que todo o processo para remover as balsas é realizado sob o acompanhamento das autoridades marítimas locais.

Paradas

Em publicação no último dia 16 de outubro, O Estado mostrou que abandonadas, quatro balsas à deriva estavam causando riscos de tragédias no rio Mearim, em Arari, e comprometiam a pesca de famílias ribeirinhas e pescadores locais.

Mais afetados, proprietários de embarcações do povoado Arraial, em Arari, temiam pelo seu patrimônio e por suas vidas, pois as balsas, depois que se desprenderam dos pontos onde estavam paradas, passaram a se deslocar pelo rio, causando estragos por onde passam. Por causa do comprimento, de cerca de 80 metros, e da largura das balsas, os donos de barcos, a maioria pescadores, não têm como segurá-las, o que aumenta o perigo de colisões.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Arari, a empreiteira Novus, contratada pela Vale para a execução da obra, fez a contratação das balsas durante a construção de ponte sobre o rio Mearim na Comunidade de Ararial (Arari/Vitória do Mearim).

As embarcações estavam presas por cabos, mas com o tempo se romperam. Três dessas embarcações se encontram atracadas às margens do rio e outra encalhou nas proximidades do Igarapé do Nema, o qual é muito usado para a pesca e o translado para o rio por dezenas de pescadores. A pasta municipal também informou que a Vale havia sido contactada, mas não houve posicionamento da mineradora.

Procurada pela reportagem, a Vale comunicou, por meio de nota, que as balsas pertencem a empresas que prestaram serviço à contratada Novus, responsável pelas obras de construção da ponte ferroviária sobre o rio Mearim. Considerando a situação de abandono dos equipamentos e o pedido de apoio das comunidades e do poder público, a Vale se prontificou em remover as embarcações.

Saiba Mais

Moradores alertaram que a situação só se agrava a cada dia na entrada do Igarapé do Nema, de grande importância para o município. O curso d’água foi comprometido pela balsa encalhada, pois a água que entra e sai, em um processo natural, agora está com seu volume acima do normal, o que representa risco de mortandade para os peixes que se reproduzem nesse trecho do rio. No referido ponto, já é possível ver o avanço do mururu, planta típica da região, diminuindo o espaço para respiração dos cardumes.

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