Futuro governo

Bolsonaro recua e admite não fundir ministérios

Após reação de membros das bancadas ambiental e ruralista, presidente eleito já cogita não juntar os ministérios do Meio Ambiente com da Agricultura

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Presidente eleito Jair Bolsonaro já admite não juntar ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente
Presidente eleito Jair Bolsonaro já admite não juntar ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente (Bolsonaro)

rio de janeiro


O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse, ontem, em entrevista a emissoras de TV católicas, que Meio Ambiente e Agricultura deverão ser ministérios diferentes em seu governo.
Nos últimos dias, foi cogitada dentro da equipe que está montando o novo desenho dos ministérios a fusão entre Agricultura e Meio Ambiente. A ideia, no entanto, foi mal recebida por representantes dos dois setores. Diante da repercussão negativa, a equipe de Bolsonaro deu sinais de recuo.
“Havia uma ideia de fusão, mas pelo que parece será modificada. Pelo que tudo indica, serão dois ministérios distintos”, afirmou o presidente eleito.
Ele ressaltou que não quer um ministro “xiita” para o Meio Ambiente e que a conservação da natureza não pode ser um empecilho para o progresso do país.
“O Brasil é o país que mais protege o meio ambiente. Nós pretendemos proteger o meio ambiente, sim, mas não criar dificuldades para o nosso progresso”, argumentou Bolsonaro.

Aborto
Bolsonaro também foi questionado sobre eventuais mudanças na legislação do aborto. Ele disse que vetaria um projeto que ampliasse as possibilidades legais de interrupção da gravidez, caso fosse aprovado pelo Congresso.

Deputado criticou

O ex-ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV) comentou a respeito da fusão dos dois ministérios. Segundo ele, os prejuízos que o setor da Agricultura e Pecuária podem sofrer em nível internacional. “Os nossos concorrentes vão usar esse argumento. Nos últimos 2 meses, só com o fato de termos um candidato com intenções de votos majoritária, que disse que ia extinguir o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento na Amazônia cresceu mais de 30%”, disse.

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