Fórmula 1

Engenheiro-chefe do GP Brasil explica novidades para edição de 2018

Grande Prêmio do Brasil, realizado no Autódromo de Interlagos, tem se especializado em produzir e criar alternativas para que as condições climáticas desfavoráveis não afetem o espetáculo

Gazetapress

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

São Paulo - Conhecido pela alta probabilidade de chuva, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, realizado no Autódromo de Interlagos, tem se especializado em produzir e criar alternativas para que as condições climáticas desfavoráveis não afetem o espetáculo da corrida e o desempenho dos pilotos na pista. Palco do famoso grooving para facilitar o escoamento da água, o circuito na cidade de São Paulo terá, na edição de 2018, a novidade das faixas cor verde limão.

Parte de um estudo promovido a fim de melhorar a qualidade de visão do piloto em situações adversas de escuridão, neblina e nuvens formadas pela água da chuva, as faixas colocadas nas curvas próximas aos muros foram reveladas durante a simulação geral que ocorreu no Autódromo no último sábado, onde foram testados os procedimentos de segurança, sinalização e acomodações da pista, parte do protocolo solicitado pela FIA para a realização do GP.

Engenheiro-chefe do Grande Prêmio do Brasil, Luis Ernesto Morales conversou com a Gazeta Esportiva durante a simulação e revelou as novas funcionalidades e os recursos que serão testados a partir dessa temporada. Além das faixas, equipamentos de limpeza da pista e ajuste do grip estão sendo utilizados para dar uma maior aderência do carro à pista. “Para esta temporada, teremos as faixas na cor verde limão, que foram definidas a partir de estudo desenvolvido para avaliar a qualidade visual do piloto”, disse.

“Nestes trechos, em função dos muros, se houver um acidente e os pilotos não tiverem para onde tirar o carro, essa faixa traz uma referência maior de profundidade para a localização. Com a nuvem de água, em prática, eles não enxergam nada. E para que não procurem pontos de referência como as arquibancadas, estamos tentando trazer isso para a pista a fim de tentar evitar acidentes”, completou.

“Além disso, estamos utilizando equipamentos aeroportuários que emborracham a pista e limpam de todas as sujeiras acumuladas durante o ano de forma a trazer o grip na mesma condição que havia no GP do ano passado, dando também uma maior durabilidade a pista. Com esse mecanismo, uma pista de cinco, seis anos de duração pode se estender para uma vida útil de sete, oito, nove anos”, explicou o engenheiro-chefe.

Vista com bons olhos pelos dirigentes do GP do Brasil, as novidades para 2018 ainda são uma exclusividade de Interlagos. Ainda assim, em caso de sucesso daqui dois finais de semana, existe uma grande possibilidade de que a instalação do artifício seja levada para outros circuitos em que acontecem os mesmos problemas.

“Essa é uma novidade daqui de Interlagos. A gente testa, conversa, faz reuniões para mostrar isso e se der certo acabamos levando para os outros circuitos, assim como aconteceu com o grooving. Em Interlagos, por exemplo, por conta dos desníveis, a água cai e se formam os riozinhos. Os pilotos, que vem com a aderência no limite, acabam indo embora. Então é nossa missão localizar esses pontos para tirar essa água acumulada em trechos perigosos”, finalizou Luis Ernesto Morales.

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