ELEIÇÕES 2018

Nove milhões tiveram problemas ao usar biometria, revela TSE

O número compreende quem votou sem a biometria porque não conseguiu completar o processo e o eleitor que, após tentativas, obteve sucesso na identificação

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes ao primeiro turno das eleições
Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes ao primeiro turno das eleições (biometria)

BRASIL - Cerca de 9 milhões (12,21%) de eleitores que tiveram de usar a biometria no primeiro turno não conseguiram ser imediatamente identificados no momento da votação, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número compreende quem votou sem a biometria porque não conseguiu completar o processo e o eleitor que, após tentativas, obteve sucesso na identificação.

Apontada como uma das causas das filas enfrentadas pelos eleitores no último dia 7, a identificação biométrica atingiu neste ano metade do eleitorado brasileiro - 73,7 milhões de pessoas. Na eleição presidencial anterior, há quatro anos, o número era expressivamente menor, cerca de 21,1 milhões de eleitores. Em nota, o TSE afirmou que considera "aceitável" o volume de pessoas que tiveram problema com a biometria no primeiro turno, e que a modalidade existe para trazer "mais segurança ao processo eleitoral, e não maior agilidade".

A aposta do TSE é de que as filas no segundo turno do pleito neste domingo, 28, devem diminuir. Se, no primeiro turno, o eleitor precisou digitar 19 números, para seis candidatos, neste domingo ele precisará digitar, no máximo, quatro números - para presidente da República e, em alguns casos, para governador, nos locais com segundo turno no executivo estadual. Além disso, o TSE informou que os mesários receberam material informativo contendo orientações sobre a forma correta de coletar a digital do eleitor, além de apontamentos quanto à ordem de votação no segundo turno - primeiro, governador e, depois, o número para presidente.

Questionado sobre os motivos das falhas que envolvem a identificação biométrica, o TSE citou a qualidade da biometria coletada no registro do eleitor, as características particulares das digitais de cada votante, assim como a forma como algumas impressões digitais foram cadastradas por meio de convênios.

No Rio, um convênio entre o Detran-RJ para aproveitamento de dados biométricos do banco de identificação civil foi apontado como uma das causas das longas filas formadas no primeiro turno da votação. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio, cerca de 3,2 milhões de eleitores que tiveram seus dados aproveitados pela parceria foram identificados biometricamente.

A medida será mantida no segundo turno, informa o TRE. "É importante destacar que, no segundo turno, esses eleitores, bem como aqueles que já fizeram o cadastro na Justiça Eleitoral, serão novamente identificados por meio de suas digitais no momento da votação. Em qualquer caso, se as digitais não forem reconhecidas após quatro tentativas, o mesário, utilizando sua própria digital, liberará o acesso do eleitor à urna eletrônica "

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.