Eleição presidencial

Datafolha: distância entre Bolsonaro e Haddad cai 6 pontos

Em comparação com a última pesquisa, diferença entre os candidatos caiu de 18 para 12 pontos; Bolsonaro tem 56% dos votos válidos e Haddad, 44%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Bolsonaro aumentou percentual de rejeição e Haddad teve queda
Bolsonaro aumentou percentual de rejeição e Haddad teve queda (Bolsonaro Haddad)

BRASÍLIA - A distância entre os candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12 pontos em uma semana, aponta pesquisa do Instituto Datafolha. A três dias do segundo turno, o deputado tem 56% dos votos válidos, contra 44% do ex-prefeito de São Paulo. No levantamento anterior, apurado em 17 e 18 de outubro, a diferença era de 59% a 41%.
Tanto a queda de Bolsonaro quanto a subida de Haddad se de­ram acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades no levantamento, encomendado pela Folha e pela TV Globo e realizado na quarta , 24, e na quinta, 25.
O resultado é a mais expressiva mudança na curva das intenções de voto no segundo turno até aqui, e reflete um período de exposição negativa para o deputado do PSL.
No período, emergiu o caso do WhatsApp, revelado em reportagem do Jornal Folha de São Paulo que mostrou como empresários compraram pacotes de impulsionamento de mensagens contra o PT pelo aplicativo. A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal abriram investigações.
No domingo, 21, viralizou o vídeo da palestra de um de seus filhos, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em que ele sugere que basta “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) em caso de contestação de uma vitória de seu pai.
A fala foi amplamente condenada, inclusive por integrantes do Supremo, obrigando Bolsonaro a se desculpar com a Corte. No mesmo domingo, o candidato fez um discurso via internet para apoiadores em São Paulo cheio de elementos polêmicos: sugeriu, por exemplo, que os “vermelhos” poderiam ser presos ou exilados, e disse que Haddad deveria ir para a cadeia.
Em votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos. Há 8% de eleitores que declaram que irão votar branco ou nulo. Desses, 22% afirmam que podem mudar de ideia até o dia da eleição.
O deputado perdeu apoio em todas as regiões do país, embora mantenha sua liderança uniforme, exceto no Nordeste, onde Haddad tem 56% dos votos totais e Bolsonaro, 30%.
A maior subida de Haddad ocorreu na região Norte, onde ganhou sete pontos, seguido da Sul, onde ganhou quatro. Já Bolsonaro mantém uma sólida vantagem na área mais populosa do país, o Sudeste: 53% a 31%. O Centro-Oeste e o Sul seguem como sua maior fortaleza eleitoral, com quase 60% dos votos totais nas regiões.
Entre os mais jovens (16 a 24 anos), Haddad viu sua intenção de voto subir de 39% para 45%, empatando tecnicamente com Bolsonaro, que caiu de 48% para 42%. Em todas as faixas etárias superiores, contudo, o deputado mantém sua vantagem sobre o ex-prefeito.
A pesquisa Datafolha foi realizada a pedido da TV Globo e do jornal Folha de São Paulo. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 9.173 eleitores em 341 municípios nos dias 24 e 25 de outubro. O levantamento foi registrado no TSE com o código BR-02460/2018.

Bolsonaro já está eleito, diz presidente do Ibope

Brasília - Só um "tsunami" poderia fazer Jair Bolsonaro (PSL) não ser eleito presidente da República no próximo domingo, 28, nas palavras do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Em entrevista Agência Estadão, ele afirma que o cenário aponta hoje para a vitória do candidato do PSL na disputa contra Fernando Haddad (PT) nas eleições 2018. “A grande dúvida, como não haverá debate na TV e os fatos são esses que estão acontecendo, é qual vai ser a diferença (para Haddad)”, diz Montenegro.
Na mais recente pesquisa Ibo­pe/Estado/TV Globo, divulgada na última terça-feira, 23, Bolsonaro apareceu com 57% das intenções de voto contra 43% de Fernando Haddad (PT), em um cálculo que considera apenas os votos válidos. A diferença entre os dois é de 14 pontos porcentuais, conforme o levantamento.
A vantagem do vencedor dependerá da acomodação final de votos dos eleitores que hoje se dizem indecisos e das abstenções, afirma Montenegro. "As abstenções podem correr de uma forma homogênea ou ficarem maiores em determinadas regiões", aponta.

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