Uma palestra organizada por estudantes quase termina em pancadaria generalizada na manhã desta quinta (25) na Universidade Federal do Maranhão. Incomodados com o evento, dezenas de militantes de esquerda, entre estudantes e professores, impediram que a conferência fosse finalizada.
Inicialmente a palestra do editor da Livraria Resistência Cultural e empresário José Lorêdo deveria acontecer no auditório B do Centro de Ciências Humanas (CCH). Com o tema “Fascismo de verdade e Fascismo para idiotas”, a palestra deveria fazer considerações sobre o Fascismo e variantes (Salazarismo, Franquismo e Integralismo).
Na terça (23) os estudantes foram comunicados pelo diretor do CCH, Francisco Sousa, que o evento não poderia ser realizado. De acordo com documento enviado a O Estado por José Lorêdo, o diretor do CCH considerou os termos usados no cartaz provocativos e suspeitou do pedido de segurança realizado pelos organizadores do evento.
Na manhã de hoje, após uma nova rodada de conversas com os organizadores do evento que alegaram o direito à liberdade de expressão, o diretor do CCH permitiu a execução da palestra no hall.
INTERRUPÇÃO
De acordo com José Lorêdo, a palestra transcorreu normalmente até seus instantes finais, quando um protesto desencadeado por professores e estudantes foi iniciado. A palestra foi interrompida e seus organizadores decidiram aguardar o fim do protesto.
De acordo com José Lorêdo, durante o protesto o professor do departamento de história Marcos Bacegga pediu a palavra. “Obviamente nós atendemos o pedido e aguardamos sua fala”. Segundo o palestrante, o professor agrediu verbalmente os organizadores do evento e incentivou os demais manifestantes a partirem para a agressão.
“Eles começaram a nos xingar, desligaram a aparelhagem de som, jogaram água nos participantes, subiram na mesa e começaram a apontar o dedo em riste. Não reagimos às provocações deles”, disse Lorêdo.
O empurra-empurra só terminou com a chegada da polícia.
CLIMA TENSO
Nos últimos anos os ânimos entre os estudantes da Universidade Federal do Maranhão estão acirrados. Militantes de extrema-esquerda não admitem que o mobiliário da universidade seja usado por grupos que discordem deles. Na maioria das vezes, a reação é semelhante a que se viu na manhã de hoje.
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