Nutrição

Maus hábitos alimentares na infância refletem na saúde

Introdução alimentar adequada, a partir dos seis meses, tem contribuições importantes para a formação dos hábitos alimentares, que geram impacto

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Cuidado com a alimentação da criança
Cuidado com a alimentação da criança (alimentação infantil)

São Paulo - Em outubro, comemorou-se o Dia Mundial de Combate à Obesidade (11), o Dia da Criança (12) e também o Dia Mundial da Alimentação (16). Com base nestas datas, é essencial pensar nos hábitos alimentares que vamos deixar para as futuras gerações, incentivando refeições equilibradas, com maior oferta de verduras, legumes e frutas. A nutricionista Vivian Zollar, membro da atual gestão do CRN-3, alerta que esse processo deve começar bem cedo.

“A introdução alimentar adequada, a partir dos seis meses, tem contribuições importantes para formação dos hábitos alimentares, que geram impacto positivo sobre a saúde na infância, adolescência e vida adulta. É necessário ter atenção para que não sejam introduzidos precocemente alimentos inadequados (como amido de milho, refrigerantes, sucos industrializados, açúcar, entre outros) que contribuem para o aumento da obesidade infantil e problemas relacionados. Na infância, a formação de hábios saudáveis é papel da família, que deve ser o exemplo, pois é a referência da criança. A escola também tem papel fundamental na oferta de alimentação saudável e deve proporcionar iniciativas de educação alimentar.”

Vivian Zollar tem experiência no segmento de alimentação escolar e reforça que diversos fatores contribuem para o excesso de peso, como o aumento do consumo de alimentos industrializados de baixo valor nutricional, diminuição do consumo de alimentos regionais e in natura (especialmente frutas, verduras e legumes) e a redução dos estímulos para atividade física recreativa (brincar).

“Vale destacar que não apenas as crianças que apresentam excesso de peso têm o risco de desenvolver alterações metabólicas. Há crianças que não estão acima do peso, mas cuja alimentação inadequada e o sedentarismo oferecem os mesmos riscos”, alerta a nutricionista.

A especialista ressalta que o sobrepeso, a má alimentação e a falta de exercícios físicos geram diversas consequências na saúde da população mais jovem.

“Não se trata de uma questão estética. O excesso de peso e o sedentarismo contribuem para um maior risco de alterações metabólicas como diabetes, aumento dos níveis de colesterol e suas frações, bem como aumento da pressão arterial. Essas são alterações mais frequentes que estão sendo observadas cada vez mais cedo em crianças e adolescentes”.

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