Patrulha

Eliziane vira alvo comunistas por não ir em agenda de Haddad

Aliados do governador Flávio Dino criticaram, nos bastidores, a postura da senadora eleita; pressão forçou Eliziane a divulgar uma nota de esclarecimento sobre ausência em ato político

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Eliziane Gama não participou de agenda de Haddad em São Luís
Eliziane Gama não participou de agenda de Haddad em São Luís (Eliziane Gama)

A ausência de aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) no ato político do candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), no último domingo em São Luís, abriu uma crise no grupo governista.

Dentre os faltosos estavam a deputada federal e senadora eleita, Eliziane Gama (PPS), o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (DEM).

Mas foi Eliziane Gama o principal alvo da patrulha comunista. Desde as primeiras horas da manhã de ontem, blogs alinhados ao Palácio dos Leões e ao deputado federal eleito, Márcio Jerry (PCdoB), classificaram Gama de “traidora”.

Gama foi questionada por ter provocado constrangimento ao governador Flávio Dino, após a sua ausência na caminhada política de Haddad no bairro do Anil.

Para aliados do chefe do Executivo, as ausências passaram a impressão ao presidenciável de falta de comando no grupo político comunista no Maranhão.

Pressão -Pressionada, Eliziane Gama foi obrigada a se manifestar oficialmente, no início da tarde de ontem. Ela afirmou estar em tratamento de saúde.

“A deputada Eliziane Gama informa que não está participando das atividades políticas no MA devido tratamento de saúde realizado fora do estado. Ela reafirma compromisso com o Maranhão e o apoio incondicional e integral ao seu grupo político comandado pelo governador Flávio Dino”, escreveu a assessoria da parlamentar em seu perfil, no twitter.

A polêmica envolvendo Eliziane Gama e a disputa presidencial, contudo, surgiu no dia 8 deste mês, logo após a disputa do primeiro turno.

A senadora eleita declarou apoio ao petista, ao lado do governador Flávio Dino. A igreja Assembleia de Deus, contudo, reagiu.

Pastores e líderes da denominação evangélica criticaram a postura da parlamentar. Uma nota de repúdio, assinada pelo pastor José Cardoso, que representa a igreja no município de Itinga do Maranhão, foi encaminhada à imprensa.

“A Assembleia de Deus em Itinga do Maranhão, representada por seu presidente Pr. José Cardoso, e o ministério local da Igreja, formado pelos pastores dirigentes e obreiros, lideres de departamentos repudia a atitude da senadora eleita Eliziane Gama, ao declarar apoio no segundo turno da eleição presidencial ao candidato do PT Fernando Haddad, o qual em mandatos anteriores (prefeito de São Paulo e Min. da Educação), implementou ações explícitas contra a Bíblia Sagrada, e contra a Igreja, e que o mesmo em seu plano de governo pretende fomentar em escala de maior dimensão tais ações”, destaca a nota.

Gama não se posicionou, na ocasião, sobre a nota de repúdio.

Saiba Mais

Eliziane Gama (PPS) voltou pela admissibilidade do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal. Depois disso, foi classificada de golpista por militantes do PT no Maranhão. Agora, depois de ter declarado apoio a Haddad, ter sido pressionada pela Assembleia de Deus e se ausentado posteriormente ao ato político do presidenciável em São Luís, passou a ser chamada de traidora pela mídia alinhada ao Palácio dos Leões.

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