Eleição presidencial

Haddad faz campanha em São Luís e PSL, atos pró-Bolsonaro no MA

Petista participou de caminhada no bairro Anil, na manhã de ontem, e direção estadual do PSL fez ato contra o PT e carreata a favor de Jair Bolsonaro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Fernando Haddad esteve com Flávio Dino no Anil e direção estadual do PSL faz carreata pró-Bolsonaro
Fernando Haddad esteve com Flávio Dino no Anil e direção estadual do PSL faz carreata pró-Bolsonaro (carreata)

SÃO LUÍS - O fim de semana foi marcado por atos políticos dos presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) no Maranhão. O petista fez campanha em São Luís, no bairro Anil, e correlegionários e apoiadores de Bolsonaro estiveram na

Avenida Litorânea e em carreata a favor do presidenciável, que não tem agenda prevista no estado.
Fernando Haddad encerrou no Maranhão sua passagem pelo Nordeste, onde fez campanha no Ceará, Piauí e Maranhão. Em seu discurso, o candidato do PT à Presidência da República cobrou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a realização de busca e apreensão nas empresas suspeitas de financiar os disparos de fake news anti-PT. Ele demonstrou sua decepção com a demora nas providências. “Ficamos muito frustrados com essa certa leniência [da Justiça Eleitoral]”, disse o petista.

Em entrevista coletiva, concedida após a caminhada, Haddad reiterou críticas a seu adversário, Jair Bolsonaro, procurando vinculá-lo a medidas adotadas pelo governo do presidente Michel Temer (MDB), como a reforma trabalhista, e chamando-o de "chefe de milícia".

O candidato do PT disse que as propostas do economista Paulo Guedes, caso Bolsonaro seja eleito, farão a população sentir saudade do governo atual. Segundo ele, o adversário do PSL cria clima de medo entre as pessoas e apenas os que estão anestesiados não percebem essa insegurança.

Campanha

Haddad fez campanha em um bairro popular de São Luís, acompanhado do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reeleito no primeiro turno, e dos senadores eleitos Eliziane Gama (PPS) – que foi uma das mais críticas ao PT durante o processo de impeachment e da CPI da Petrobras - e Weverton Rocha (PDT), além da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e de deputados federais e estaduais aliados.

Parte do trajeto, o candidato fez a pé. Depois subiu em uma caminhonete e foi seguido por aliados que portavam bandeiras, usavam camisetas do PT e adesivos alusivos ao presidenciável. No final, Haddad participou de um rápido comício, no qual pediu apoio dos presentes para ganhar um ponto percentual por dia até o próximo domingo e vencer a eleição.

No discurso, o petista prometeu que, se eleito, logo após tomar posse, no dia 1º de janeiro, vai limitar o preço do botijão de gás a R$ 49. Segundo ele, o impacto da medida é pequeno nas finanças da Petrobras e pode ser custeado pelo remanejamento de despesas. O gás de cozinha, conforme Haddad, representa 4% do faturamento da empresa.

Mais promessas

Outra promessa foi o reajuste dos benefícios do Bolsa Família em 20% a partir de janeiro. Esse aumento representa R$ 5,5 bilhões ao ano. "O Bolsa Família, em janeiro, terá um acréscimo de 20%, porque as famílias estão sofrendo", disse Haddad, acrescentando que a medida visa recuperar o poder de compra dos mais pobres.

Direção do PSL no MA faz mais um ato pró-Bolsonaro

A direção estadual do PSL no Maranhão organizou mais dois atos da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro em São Luís. O primeiro ocorreu na Avenida Litorânea que funcionou mais ocmo um protesto contra o PT de Fernando Haddad.

Segundo o presidente estadual do PSL, vereador Chico Carvalho, o partido de Haddad tenta confundir a opinião quanto a divulgação de fake news. Carvalho lembrou que o PT e mais outros quatro partidos deixaram de assinar documento com entidade da imprensa que se comprometiam em não difundir fake news durante as eleições.

“Agora, o PT critica uso de fake news sendo que o partido e seu candidato [Fernando Haddad] não se preocuparam de assumir o compromisso de não difundir notícias falsas durante o pleito. O PSL e Bolsonaro aceitaram o documento e assinaram. Sendo assim, quem tem mais compromisso com a verdade?”, indagou o vereador.

Ainda ontem, no período da tarde, a direção estadual do PSL e grupos de apoio ao presidenciável Bolsonaro fizeram carreata que teve início no Renascença, passou pelo São Francisco e percorreu ainda os bairros da área Itaqui-Bacanga.

Esta é a última semana de campanha política e até o momento não há agenda de Jair Bolsonaro no Maranhão. Segundo Chico Carvalho, as condições de saúde do presidenciável prejudicaram toda a campanha.

“Mas mesmo assim [sem a presença do candidato] a direção estadual tem buscado apoio e feito ações para levar o nome da Jair Bolsonaro a todos os maranhenses e assim garantir uma votação expressiva para ele no Maranhão”, afirmou Chico Carvalho.

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