Polícia Federal

Ex-secretário é liberado após habeas corpus do TRF-1

Ricardo Murad, que teve prisão temporária determinada na Operação Peixe de Tobias, deflagrada pela PF, foi solto no fim da noite do sábado (20)

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Ex-secretário Ricardo Murad ficou na sede da PF desde quinta-feira (18)
Ex-secretário Ricardo Murad ficou na sede da PF desde quinta-feira (18) (PF pode investigar ataques contra juíza)

Foi revogada a prisão temporária do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad (PRP), que se apresentou na sede da Polícia Federal na última quinta-feira, 18, após saber que agentes da PF foram cumprir mandado de prisão contra ele em mais uma edição da Operação Sermão aos Peixes, que investiga desvio de dinheiro pública da Saúde.
O habeas corpus concedido a Murad foi dado pela desembargadora Maria do Carmo Cardoso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Segundo a magistrada, a intenção da prisão temporária foio cumprida após depoimento do ex-secretário.

Operações
A sexta fase da Sermão aos Peixes foi denominado de Peixe de Tobias, que segundo a PF, foram coletados indícios de que, entre os anos de 2011 a 2013, cerca de R$ 2 milhões, destinados ao sistema de saúde estadual, teriam sido desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), parte da verba teria ido para o deputado Estadual Antônio Pereira (DEM), que usou para pagamento de material de divulgação na mídia.
A Operação Peixe de Tobias ocorreu no mesmo dia da Operação Abscondito II, que investiga o vazamento de informações sobre a primeira fase da Sermão aos Peixes. As duas operações ocorreram em seis cidades: São Luís/MA, Imperatriz/MA, Parauapebas/PA, Palmas/TO, Brasília/DF e Goiânia/GO.
Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão (entre estes um na casa do deputado Antônio Pereira), oito de prisão temporária e um de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Maranhão. Além disso, foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens, num valor superior a R$ 15 milhões.

mais

Lula ainda é
investigado

As operações deflagradas são desdobramentos de uma investigação feita pela Polícia Federal desde 2015 e que já apontou irregularidades na aplicação de recursos da Saúde tanto na gestão Ricardo Murad, quanto na de Carlos Lula à frente da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em julho de 2018, por exemplo, o juiz federal Roberto Veloso, da 1ª Vara da Justiça Federal no Maranhão, negou um pedido dos advogados do atual titular da SES para que fosse arquivado um processo aberto no Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) decorrente da Operação Pegadores.

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