ATUALIZAÇÃO

Aplicativo de táxis é alternativa para garantir concorrência

Buscando reverter o quadro, foi lançado o aplicativo Táxi Brasil, disponível para os sistemas Android e iOS e que opera em São Luís; mas ainda há profissionais que apenas esperam os clientes

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Com o crescimento dos serviços de transporte particular por aplicativo, houve uma redução de, pelo menos, 60% na procura pelos táxis e aproximadamente 5% dos taxistas acabaram deixando a profissão, conforme explicou Renato Medeiros, presidente do Sindicato dos Taxistas. Para se manter na profissão, muitos profissionais estão aderindo às novidades tecnológicas e também já disponibilizam aplicativos para solicitação do serviço.

Para o sindicato, as adequações devem minimizar a concorrência entre os profissionais do setor e motoristas de serviços como Uber e 99 Pop, que se popularizaram na cidade devido à praticidade oferecida, causando uma redução significativa na popularidade do táxi.

Buscando reverter o quadro, foi lançado o aplicativo Táxi Brasil, disponível para os sistemas Android e iOS, que já opera em São Luís. De acordo com Renato Medeiros, a estratégia é essencial para agrandar usuários do serviço e garantir a concorrência justa em relação a outros serviços.

“Hoje, estamos vendo que os colegas precisam se adequar às novas tecnologias, porque senão ficam para trás. Por isso, o sindicato recebeu o aplicativo e está dando o maior apoio para os colegas. O Táxi Brasil já está funcionando em São Luís e eu acredito que vai alavancar mais a nossa profissão, dar mais condição de trabalho para a classe voltar a ter a estabilidade que tínhamos”, explicou o presidente.

Atualmente, São Luís conta com 2.300 taxistas. Destes, cerca de 700 já atuam por meio do aplicativo. “A maioria ainda está naquele costume de esperar a corrida no ponto de táxi, aguardando que o passageiro ligue para o telefone fixo do ponto, mas isso está mudando. Aproximadamente 30% dessa frota já opera no Táxi Brasil”, destacou.

Eduardo Bitencourt, taxista há mais de 30 anos, está passando por essa transição e percebe que os usuários têm voltado a procurar pelo serviço. “Eu acredito que o que reduziu foi em função da crise e com a chegada dos aplicativos, muita gente migrou para esse tipo de transporte, mas eu tenho notado que as pessoas estão voltando para o táxi. Tivemos um baque, mas estamos nos adequando à tecnologia e espero que só venha a somar agora”, afirmou.

Para os usuários dos serviços de transporte, a adesão ao aplicativo representa mais opções ao consumidor, mas não é preciso buscar mais avanços. “No Uber, por exemplo, o que mais gosto é a possibilidade de avaliar o motorista e ver o feedback dado por outros usuários. Seria interessante que os taxistas disponibilizasse esse tipo de coisa também, porque nem sempre conhecemos os motoristas e, como já passei por alguns constrangimentos com táxis, fico com o pé atrás”, contou a estudante Karina Costa.

Placas de táxis
Comercializadas a preço de banana, as placas de táxis em São Luís tiveram, do ano passado até os primeiros três meses de 2018, uma queda de aproximadamente 78%. Há cerca de dois anos, os preços das placas chegavam a até R$ 50 mil, depois de muita negociação.

Atualmente, a tendência é sempre de queda. No início dos anos, placas eram oferecidas até por R$ 9 mil, hoje podem ser encontradas até por R$ 6 mil na capital maranhense. Nos municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa, o valor é ainda menor, chegando a R$ 2.500,00.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.