COLUNA

Definindo posição

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB) segue o caminho mais lógico em relação à disputa presidencial neste segundo turno. Quem é contra o comunista tem declarado apoio ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Assim já fizeram o senador Roberto Rocha (PSDB), o deputado Adriano Sarney (PV) e o ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad (PRP).
A posição é mais contra o governador do que a favor de Bolsonaro ou contra Fernando Haddad, candidato a presidente pelo PT.
E a lógica é simples: a oposição não pode apoiar um candidato que tende a fortalecer o PCdoB - partido que nem alcançou a cláusula de desempenho - nacionalmente. Fortalecendo a legenda, que tem a vice de Haddad, acaba fortalecendo também Dino.
E foi dentro desse pensamento que lideranças do MDB e apoiadores reuniram-se para discutir a posição que seguirão no segundo turno. Por unanimidade, o grupo decidiu votar em Jair Bolsonaro.
Aliada à questão relacionada ao PCdoB há a posição do próprio PT local, que ficou ao lado de Flávio Dino, após integrar os governos de Roseana durante mais de quatro anos.
Sobre o apoio a Bolsonaro, há ainda 13 vereadores de São Luís trabalhando na campanha do “ex-capitão do Exército” junto à direção estadual do PSL, comandada pelo também vereador Chico Carvalho.
Pelo mover das peças - ao que parece -, no segundo turno da eleição presidencial no Maranhão as posições serão praticamente iguais às do primeiro turno na disputa local. Ou seja, Flávio Dino e seus aliados contra os candidatos que fizeram oposição ao governo comunista.

Declaração
Somente Odívio Neto (PSOL), que disputou a eleição ao governo maranhense, se posicionou a favor da candidatura de Fernando Haddad.
Ele segue a orientação do seu partido, cujo candidato da legenda, Guilherme Boulos, declarou votar no petista logo após o resultado das urnas no primeiro turno.
Segundo justificou Odívio, ele é contra as bandeiras que Jair Bolsonaro vem defendendo, como a questão do desarmamento.

Sem apoio
Ainda sobre apoios para a eleição presidencial, o PDT de Weverton Rocha já declarou que será oposição ao próximo governo que for eleito no dia 28 de outubro.
O presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, declarou que não tem acordo com o PT de Haddad e que o partido não fará campanha a favor do petista.
Esta posição inicial de Lupi pode levar Weverton Rocha, que foi eleito para o Senado, a ficar em posição oposta a Flávio Dino na Câmara Alta.

Mudanças
Existe a previsão de que o governador Flávio Dino promova mudanças em seu secretariado antes do fim do primeiro mandato.
A ideia é que ex-secretários, que deixaram seus cargos no início de abril para disputar o pleito em outubro, retornem ao primeiro escalão.
Este deve ser o caso do deputado federal eleito, Márcio Jerry, que deverá voltar para a Secretaria Estadual de Comunicação e Articulação Política (Secap), hoje comandada por Ednaldo Neves.

Destino
O candidato eleito para a Câmara dos Deputados, Eduardo Braide (PMN), já senta para conversar com novas legendas que poderão ser seu destino partidário.
Se o PMN não fizer a fusão com outra legenda, o partido deixará de existir porque não alcançou a cláusula de desempenho prevista na legislação eleitoral.
Como foi o segundo mais votado no Maranhão para deputado federal com quase 190 mil votos, Braide vem sendo assediado para compor quadro de muitas siglas.

Caminho
A conversa mais adiantada do deputado do PMN é com o PSL. Primeiro porque Braide deverá, até a próxima sexta-feira, 19, se posicionar sobre o segundo turno da eleição presidencial.
A tendência é que o parlamentar siga a mesma linha dos demais adversários de Flávio Dino, que é apoiar Bolsonaro.
E foi a partir dessas conversas por pedido de apoio ao presidenciável que Braide acabou por se aproximar mais do PSL e estreitou o diálogo sobre uma eventual filiação.

Justiça
O Governo do Estado foi condenado em primeiro grau em ação relacionada ao polêmico concurso da Polícia Militar.
O juiz Douglas Martins determinou que os aprovados no concurso para vagas de deficiente físico sejam nomeados.
O governo de Flávio Dino alegou que não poderia fazer devido à lei das eleições, que proíbe nomeações no período eleitoral. No entanto, o magistrado alegou que, no caso dos candidatos com deficiência, esta lei não se aplicava.

DE OLHO

R$ 6,8 milhões foi o que Flávio Dino recebeu oficialmente para a sua campanha à reeleição ao governo. Até o momento, o comunista declarou ter gasto cerca de R$ 4,4 milhões do total da verba.

E MAIS
• Presidente de honra do MDB, o ex-presidente José Sarney declarou à coluna que optou pela neutralidade no segundo turno da eleição presidencial.

• De 10 vereadores de São Luís que disputaram as eleições de 2018, somente um conseguiu se eleger. O vereador Pedro Lucas (PTB) vai para a Câmara dos Deputados em 2019.

• Pedro Lucas teve vantagem em relação a todos os seus demais adversários do Legislativo municipal já que contou com o espólio político do pai, deputado Pedro Fernandes (PTB), eleito quatro vezes para a Câmara Federal.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.