Resposta

Arábia Saudita diz que rejeita qualquer ameaça de sanções

rump ameaçou infligir "severa punição" se as investigações provarem que o príncipe saudita foi o mandante do suposto crime

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Jamal Khashoggi desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul
Jamal Khashoggi desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul (Reuters/jornalista)

WASHINGTON - A Arábia Saudita rejeitou ontem qualquer ameaça de sanções ligadas ao desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi na Turquia, e disse que vai contra-atacar em caso de medidas hostis.

Khashoggi sumiu no dia 2 de outubro depois de entrar no consulado saudita em Istambul. De acordo com a Reuters, fontes na Turquia disseram que a primeira avaliação da polícia foi de que o jornalista havia sido assassinado dentro do consulado, o que o governo saudita nega. Neste sábado, o presidente americano Donald Trump ameaçou infligir "severa punição" se as investigações provarem que o príncipe saudita foi o mandante do suposto crime.

Khashoggi, crítico do governo saudita, morava nos Estados Unidos e colaborava para o jornal "The Washington Post".

"O Reino afirma que rejeita qualquer ameaça ou tentativa de enfraquecê-lo, seja através de ameaças de impor sanções econômicas, por pressão política ou repetindo falsas acusações", diz um comunicado citado pela agência oficial SPA.

"O Reino também afirma que se receber qualquer ação, vai responder a ela com uma ação maior, e que a economia do Reino desempenha um papel vital e efetivo na economia mundial", acrescenta a nota.

Corpo de Khashoggi

Autoridades turcas dizem temer que agentes sauditas mataram e desmembraram o corpo de Khashoggi depois que ele entrou no consulado para pegar um documento para se casar com a sua noiva turca. O Reino diz que o jornalista saiu do consulado naquele dia, sem apresentar evidências, e chamou as acusações de "mentirosas".

Os jornais “The Wahsington Post”, americano, e “The Sabah”, turco, citam a existência de uma gravação de áudio que mostraria como o jornalista saudita Jamal Khashoggi foi interrogado, agredido e morto no local.

O “The Sabah”, que tem publicado informações vazadas por autoridades de segurança da Turquia, afirma que o arquivo de áudio foi gravado pelo Apple Watch de Khashoggi e foi recuperado pelo seu iPhone, que tinha ficado com a sua namorada fora do consulado, e pela sua conta no iCloud.

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